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'Remédio mais rápido' de Doria não vai à periferia

Linha fina
Mapas comprovam que ao fechar farmácias do SUS nas UBSs, prefeito tucano vai beneficiar só as redes comerciais, como a Drogasil e a Droga Raia, que estão distante dos bairros mais pobres de São Paulo
Imagem Destaque
Cida de Oliveira, da Rede Brasil Atual
1º/3/2017


São Paulo – O estudante do último ano de Geografia da Universidade de São Paulo (USP) Hugo Nicolau Barbosa de Gusmão publicou na noite de quarta 22 em seu blog o documento Desigualdades Espaciais. Trata-se de mapas (veja ao lado e abaixo) que comprovam que a população mais pobre da capital paulista será duramente afetada pela desativação das farmácias em Unidades Básicas de Saúde (UBS) pelo prefeito João Doria (PSDB).

Pela proposta, criticada por usuários das UBS, farmacêuticos, servidores da saúde, além de estudantes de Farmácia e movimentos sociais, os medicamentos passarão a ser distribuídos em estabelecimentos da rede comercial, provavelmente das redes Drogasil e Droga Raia, com quem o prefeito Doria e o secretário municipal de Saúde, Wilson Pollara, têm se reunido.

“O mapa mostra de maneira clara a distribuição, pela cidade, das farmácias públicas, dentro das UBS, e das comerciais, que deverão distribuir os medicamentos. Fica evidente que os moradores dos bairros mais periféricos serão prejudicados porque essas redes não estão nessas localidades, as farmácias de bairro, pequenas, não tem essa estrutura para atender os usuários, e o prefeito não apresenta um estudo que justifique seu projeto e que demonstre os benefícios à população ”, explica Hugo.

O estudante, que já fez diversos mapas expondo a desigualdade racial, especialmente dentro da USP, conta que para montar os mapas obteve endereços no site da prefeitura de São Paulo e nas páginas das redes comerciais na internet.
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