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Chapéu
Marielle vive!

Seis anos sem Marielle Franco e Anderson Gomes

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Arte com foto do rosto de Marielle, uma mulher negra, de cabelos curtos.

Na noite de 14 de março de 2018, a vereadora do Psol no Rio, Marielle Franco, voltava de uma agenda de mandato (um encontro com mulheres negras, na Lapa) quando seu carro foi atingido por 13 tiros, por volta das 21h30, no bairro do Estácio. Além da vereadora, estavam no carro o motorista, Anderson Gomes, e sua assessora, que foi atingida apenas por estilhaços. Marielle e Anderson não resistiram.

Nesta quinta-feira 14, quando completam-se seis anos do assassinato de Marielle e Anderson, o Sindicato dos Trabalhadores do Ramo Financeiro de São Paulo, Osasco e Região soma-se as vozes de diversas entidades e milhares de pessoas para clamar por justiça e pela punição dos culpados.

“Marielle virou um símbolo de resistência e está presente em todas as lutas contra a desigualdade social e pelo fortalecimento dos direitos humanos. Seu mandato foi marcado pela defesa das mulheres, das negras e negros e das minorias, e por duras críticas à violência policial. Os responsáveis por seu assassinato e o do motorista Anderson Gomes precisam ser presos e condenados,  e o crime esclarecido, para o avanço da democracia.”

Neiva Ribeiro, presidenta do Sindicato dos Trabalhadores do Ramos Financeiro de São Paulo, Osasco e Região

Marielle tinha 38 anos, era uma representante da luta das mulheres negras e uma das vozes mais atuantes e promissoras da esquerda carioca. Estava em seu primeiro mandato e tinha sido a quinta vereadora mais votada do Rio, com mais de 46 mil votos. Atuava na defesa dos direitos da população negra e pobre e usava sua voz para denunciar os crimes cometidos pela milícia e os abusos da polícia carioca, ao mesmo tempo em que apoiava, ouvia e defendia as famílias de policiais que também eram vítimas do crime organizado no Rio de Janeiro.

 O assassinato teve repercussão internacional e estampou manchetes de jornais dos EUA e Europa. Ainda assim, apesar dos avanços recentes nas investigações (promovidos pelo novo governo federal), o crime permaneceu esse tempo todo sem respostas definitivas. “O assassinato de Marielle foi também um ataque brutal contra a democracia brasileira. Ataques que se perpetuaram nos quatro anos de um governo de extrema direita no país. Nesses quatro anos, as investigações não avançaram. Neste mês de março, em que se comemora o Dia Internacional das Mulheres, clamamos mais uma vez por justiça e pelo avanços das investigações, com a punição dos culpados. Não teremos nunca uma democracia fortalecida enquanto nossas lideranças forem assassinadas. Marielle vive!”, reforça Neiva.

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