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Trabalhadores da Proservvi em greve

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Os empregados da Proservvi decidiram interromper as atividades nesta segunda-feira, 10, como forma de protestar diante das condições precárias de trabalho impostas pela direção da empresa. Esses trabalhadores prestam serviços bancários para o Unibanco, Bradesco e ABN Real. Além de equiparação salarial e das condições de trabalho entre a Proservvi Empreendimentos e a Proservvi Bancos, os trabalhadores reclamam de atraso nos salários, no depósito do FGTS, e do vale-transporte, além do não pagamento de horas-extras – a jornada chega a 12 horas diárias. Pararam ontem cerca de 500, dos 1.500 funcionários da empresa, nas unidades Barão de Limeira, Marechal Deodoro e UBS São João. Hoje, devem parar Barra Funda, Vila Matilde e Osasco.

O Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região enviou na semana passada carta aos bancos, mas não houve tempo de esperar a resposta. “Os bancos são os grandes responsáveis por essas irregularidades, são eles que terceirizam atividades que são de sua obrigação. Queremos a contratação desses trabalhadores como bancários”, afirma Juvandia Moreira Leite, sercretária-geral do Sindicato.

Apesar de prestarem serviços de natureza bancária – como o processamento dos envelopes do auto-atendimento e dos malotes das pessoas jurídicas, além da preparação dos cheques para compensação – as condições de salário, benefícios e de jornada de trabalho oferecidas aos terceirizados são infinitamente inferiores às dos bancários. “Os bancos terceirizaram esses serviços, economizaram uma fortuna, colocaram em risco o sigilo bancário de seus clientes e expuseram milhares de trabalhadores a uma situação absurda. E eles não precisam disso, os lucros aumentam ano a ano”, destaca Juvandia.
Na última sexta-feira, a direção da Proservvi ofereceu entre R$ 17 e R$ 20 para cada funcionário para que não houvesse paralisação das atividades, o que só fez desencadear o movimento.
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