O Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região completou 100 anos de história no último domingo,16 de abril. Para celebrar um século de lutas e conquistas, de defesa da democracia, dos direitos da categoria bancária e da classe trabalhadora como um todo, preparamos uma programação especial, com muitos eventos e novidades para os trabalhadores do ramo financeiro.
A programação teve início no domingo, 16 de abril, data que marcou os 100 anos do Sindicato, quando foi realizada uma solenidade com a presença de personalidades históricas da categoria bancária e lideranças políticas e sociais.
Já no dia 24 de abril será realizada uma homenagem - por iniciativa do deputado estadual e ex-presidente do Sindicato, Luiz Claudio Marcolino – na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo.
E, no dia 28 de abril, é o momento de festejar. Nesta data, toda a categoria e parceiros estão convidados para uma grande festa, na Quadra dos Bancários, em comemoração pelos 100 anos do Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região.
Além destes eventos, em breve será lançado um site especial dedicado à memória do Sindicato, da categoria bancária, da luta em defesa da classe trabalhadora e da democracia, e também dos personagens que fizeram parte deste um século de história.
“Não faltam motivos para celebrar estes 100 anos do Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região. O nosso Sindicato é uma das maiores e mais importantes entidades de organização dos trabalhadores em todo mundo. Representamos 139 mil pessoas, em dois mil locais de trabalho, e somos uma das únicas categorias com uma Convenção Coletiva nacional, criada em 1992, que garante os mesmos salários e direitos em todo o país e em todos os bancos, públicos e privados.”
Ivone Silva, presidenta do Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região
Conquistas
Nestas dez décadas de luta, o Sindicato, junto com as demais entidades representativas, garantiu centenas de conquistas para a categoria como, por exemplo, a jornada de 6 horas; PLR; vales refeição e alimentação, auxílio-creche/babá, cláusula de igualdade de oportunidades, licença-maternidade de 180 dias, igualdade de direitos para casais homoafetivos, licença paternidade de 20 dias, medidas de combate ao assédio moral, cláusula de combate ao assédio sexual, valorização do piso salarial, 13ª cesta-alimentação, regulamentação do teletrabalho, Programa Nacional de Iniciativas de Prevenção à Violência contra as Mulheres, entre muitas outras.
Centenário, mas sempre moderno
O Sindicato atua em diversas frentes para defender os direitos da categoria bancária e da classe trabalhadora, sempre acompanhando as transformações tecnológicas e culturais da sociedade.
Uma delas é a qualificação, seja ela dos bancários e bancárias, como também do quadro de dirigentes sindicais e funcionários, com o centro de pesquisas, a Faculdade 28 de Agosto e a parceria com o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). Através destas iniciativas, são gerados conhecimentos atualizados e fundamentais para subsidiar as ações sindicais e as negociações com os bancos.
Pandemia
Quando falamos na vanguarda da luta organizada dos trabalhadores, da qual o Sindicato é referência, não podemos esquecer da atuação da entidade durante a pandemia, quando rapidamente adaptou sua forma de atuação a um cenário que exigia medidas de prevenção como, por exemplo, o distanciamento social.
O Sindicato foi uma das primeiras categorias a se reunir com os empregadores e negociar medidas que salvaram milhares de vidas. Mais de 70% da categoria bancária permaneceu em home office durante o auge da pandemia, em 2020, quando morriam mais de mil pessoas por dia no país em decorrência da Covid-19.
E, neste cenário, mesmo com grande parte da categoria em teletrabalho, o Sindicato foi protagonista na Campanha Nacional Unificada de 2020, que garantiu valorização dos bancários e a manutenção de todos os direitos, além de novas conquistas.
Atuação política e social
Durante toda a sua história, o Sindicato se manteve atuante no cenário político, econômico e social do país. Da resistência aos desmandos da ditadura e na participação ativa no movimento pelas Diretas, desde o primeiro comício, no estádio do Pacaembu, até as organizações de comitês pela democracia. Sob censura, dirigentes e militantes entraram na clandestinidade e sofreram com as duras consequências, em função da luta política que desempenharam junto à entidade.
“Estando à frente do Sindicato quando esta entidade completa 100 anos, o que considero um privilégio e um orgulho. Só tenho que agradecer a cada dirigente, militante, bancário e funcionário que construiu essa história, a cada um que dedicou sua vida para a defesa da nossa categoria, da democracia e na construção de um país mais justo, solidário e com oportunidades para todos. Que venham mais 100 anos de lutas e conquistas. Juntos somos, sempre, mais fortes”, conclui a presidenta do Sindicato.
