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Sindicato solicita reunião com Itaú

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O anúncio da compra do BankBoston pelo Itaú ontem (2) veio acompanhado de rumores que dão conta de que um terço dos funcionários do banco americano pode ser demitido. O Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região protocolou, na tarde desta quarta-feira (3), carta à direção do Itaú solicitando reunião para tratar do assunto. “Os bancos precisam parar com essa história de, em toda incorporação, querer diminuir o quadro de funcionários. Bom atendimento se faz com bancários que tenham tranqüilidade para trabalhar e é isso que os clientes do Itaú e BankBoston esperam e têm direito”, afirma o presidente do Sindicato, Luiz Cláudio Marcolino.

O dirigente lembra, ainda, que o Itaú tem uma história de crescimento fabuloso, que não justifica demissões. Em dez anos, os ativos totais do Itaú saltaram de R$ 19 bilhões para R$ 151 bilhões, considerando-se que hoje a empresa atua como uma holding. Com a compra do BankBoston no Brasil, esses ativos passam para mais de R$ 173 milhões. “O crescimento do setor financeiro brasileiro tem que se traduzir em mais e melhores empregos para o nosso país, mas não tem sido assim. As incorporações e fusões significaram fechamento de agências, demissões de trabalhadores, ou seja, atendimento pior aos clientes. Isso é inadmissível”, ressalta Marcolino.

Bancários abraçam a Nossa Caixa
Nesta quinta-feira (4), a partir das 12h, os bancários promovem um abraço à matriz da Nossa Caixa (Rua 15 de Novembro, 111, centro de São Paulo). O objetivo dos trabalhadores é demonstrar que, apesar de todas as denúncias que envolvem a direção da empresa, o banco é um patrimônio público e precisa ser respeitado. “Os funcionários da Nossa Caixa são trabalhadores que têm amor ao banco e não estão envolvidos com as denúncias de falcatruas praticadas pela direção da empresa. Queremos deixar isso bem claro”, afirma Raquel Kacelnikas, diretora do Sindicato e funcionária da Nossa Caixa há 28 anos.

Participam do ato alguns dos parlamentares que atuam na Comissão de Finanças e Orçamento da Assembléia Legislativa – que apura as denúncias sobre a Nossa Caixa –, dirigentes de várias entidades sindicais e funcionários do banco.
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