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Diretora do Sindicato fala em convenção nos EUA

Linha fina
Rita Berlofa detalhou história da luta dos trabalhadores brasileiros desde os tempos da ditadura
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São Paulo – O Sindicato teve participação destacada na 25ª edição da Convenção Internacional da Seiu, organização sindical da área de serviços com mais de 2 milhões de integrantes em países como Estados Unidos, Canadá, Porto Rico. Rita Berlofa, diretora executiva do Sindicato, representou a entidade e foi a única brasileira convidada a fazer uso da palavra.

A dirigente abriu seu discurso, nesta quarta 30 em Denver, EUA, detalhando a luta da classe trabalhadora desde o golpe militar que instaurou a ditadura no Brasil, em 1964. “Lutamos contra o regime militar, por eleições e democracia. Esse período unificou muitas lutas e permitiu a todos os movimentos se organizarem, desde os estudantes até os empresários, passando pelos trabalhadores, do campo e da cidade.”

> Vídeo: assista à parte do discurso
> Leia a íntegra do discurso

A dirigente ressaltou o crescimento do movimento sindical e da figura de Luiz Inácio Lula da Silva. “Em 78, já em processo de abertura política, um imigrante nordestino, líder sindical, ousou enfrentar os militares e organizou uma grande greve”, disse. Da luta dos trabalhadores, a história chegou à fundação do PT “para levar a voz dos trabalhadores ao Congresso Nacional”.

Rita continuou seu depoimento percorrendo o tempo da redemocratização, a volta das eleições presidenciais e o afloramento da ideia de sindicato cidadão: “não sou só operário, sou cidadão. Além do salário, do emprego e das condições de trabalho, quero melhorias na minha rua, no meu bairro, na cidade, no estado e no País, quero educação, saúde e lazer”.

Sobre os governos Lula e Dilma, lembrou que o ex-presidente alertou que “havíamos elegido o presidente, mas não havíamos feito a revolução e, portanto, havia a necessidade de os movimentos sociais, fazerem o apoio crítico”, relatou Rita. “Diante de crises, Lula e Dilma incentivaram o consumo e hoje atacam problemas crônicos como a dívida externa, os juros bancários, redução de preço de carros para o consumidor e desenvolvem inúmeros programas que produzem melhorias sociais e na infra-estrutura, gerando mais renda e emprego”, acrescentou.

Para finalizar, Rita deixou uma mensagem de luta. “Acreditamos que é possível mudar. Apesar das dificuldades, somos 99% contra 1%. Nós temos a força. Precisamos nos unir”, disse. “Precisamos ampliar nossa luta para além da luta de classes, precisamos pensar o trabalhador como um cidadão. Se nós conseguimos, vocês também conseguirão. Vamos às ruas, vamos à luta, vamos transformar”, finalizou a diretora executiva do Sindicato lembrando o compositor Raul Seixas: “sonho que se sonha junto é realidade”.


Redação - 30/5/2012

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