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#DefendaACaixa

Empregados protestam contra a mercantilização da Caixa

Linha fina
Atividades aconteceram em todo o país pela manutenção do banco 100% público e contra a tentativa de privatizar a gestão, visando apenas lucro
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Foto: Seeb-SP

No dia em que a direção da Caixa realizou um megaevento para 6 mil gestores em Brasília, na quarta-feira 16, empregados protestaram em todo o país contra a mercantilização do banco e pela manutenção da Caixa 100% Pública. Em São Paulo, a abertura de cinco Superintendências Regionais (SRs) e de agências foi atrasada. Já em Brasília, uma atividade contra o desmonte do banco público e o desrespeito aos trabalhadores aconteceu em frente ao estádio Mané Garrincha, palco do pomposo evento onde foi lançada a campanha “Tamo Junto”, que distribuirá mimos aos empregados que atingirem determinadas metas, visando o lucro de R$ 9 bilhões este ano.

Na quarta-feira 16, dirigentes do Sindicato e da Apcef/SP estiveram reunidos em São Paulo com empregados e com a população em frente a várias agências e às SRs Pinheiros, Ipiranga, Santo Amaro, Santana e Penha. Nas rodas de conversa, foram discutidos o desmonte da Caixa e a tentativa de privatizar a gestão do banco por meio de uma “maior independência” do Conselho de Administração diante do governo federal.

“Nas atividades, os empregados mostraram indignação frente aos reais objetivos do megaevento em Brasília, que ignorou o papel social do banco em detrimento de um lucro de R$ 9 bilhões por meio do aumento de taxas, tarifas e juros e fechamento de agências no país”, salienta Dionísio Reis, secretário executivo do Sindicato e coordenador da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa).  

Para o dirigente, o objetivo da festa para gestores foi “apresentar uma concepção de um banco mercantil estatal, cujo patrão, diferentemente dos bancos privados, é o Estado, e a política, em vez de priorizar o desenvolvimento social e do país, é reduzida à obtenção de lucro”.

Dionísio Reis acrescenta que os trabalhadores que ficaram nas agências substituindo os gestores que foram para Brasília não receberam pela atividade. “Tanto o Sindicato quanto a Apcef/SP estão cobrando isso da direção do banco”.

Atividade em Brasília

Em frente ao estádio Mané Garrincha, uma manifestação convocada pelo Sindicato dos Bancários de Brasília com a participação de diversas entidades representativas de empregados, entre elas a Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), protestou contra as medidas que estão sendo tomadas pelo governo ilegítimo de Michel Temer para reduzir o quadro de pessoal da Caixa e que envolvem, segundo informaram, “reestruturação de áreas, verticalização e descomissionamentos arbitrários”.

Para o presidente da Fenae, Jair Pedro Ferreira, “um dos mais recentes golpes contra a Caixa, ao seu caráter 100% público e aos direitos da categoria é a nova reestruturação, chamada de Programa Eficiência, que mira na redução de despesas em R$ 2,5 bilhões até 2019”.

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