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Comitê Diretivo da UNI Américas debate conjuntura mundial para os trabalhadores

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Em reunião realizada na última quinta-feira 5, o Comitê Diretivo da UNI Américas debateu diversos aspectos da conjuntura mundial que afetam os trabalhadores. O Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região esteve representado por sua secretária-geral, Neiva Ribeiro, que também representou a Contraf-CUT na reunião; por sua diretora executiva e presidenta da UNI Américas Juventude, Lucimara Malaquias; e por seu dirigente e ex-diretor Marcio Monzane, que atualmente é secretário-geral da UNI Américas e coordenou os trabalhos.  

A reunião contou com análises de conjuntura de Christy Hoffman, secretária geral da UNI Global Union; Rubén Cortina, presidente mundial da UNI Global Union; Héctor Daer, presidente da UNI Américas; além de Marcio Monzane.

Entre os temas abordados estiveram a pandemia de Covid-19; a guerra entre Rússia e Ucrânia; a missão de observação eleitoral na Colômbia, que contou com dirigentes bancários do Sindicato; o processo de constituinte no Chile; além da Conferência da UNI Américas, que será realizada em junho, em Fortaleza. 

“Nós, brasileiros, também apresentamos ao Comitê Diretivo da UNI Américas a nossa luta pela democracia e pela eleição de um presidente comprometido com os trabalhadores, que é o caso do ex-presidente Lula. Além disso, explicitamos nossa preocupação que o resultado eleitoral seja devidamente reconhecido pelo atual governo, de viés autoritário, inclusive com a presença de observadores internacionais”

Neiva Ribeiro, secretária-geral do Sindicato

“Foi consenso na reunião que os trabalhadores precisam se organizar para garantir os processos democráticos nos países, para que projetos que garantam emprego decente e políticas sociais avancem; e que é urgente um tratado de paz para o conflito entre Rússia e Ucrânia, uma vez que os mais afetados por uma guerra são sempre os trabalhadores, a população”, acrescenta Neiva. 

Por sua vez, a diretora executiva do Sindicato e presidenta da UNI Américas Juventude, Lucimara Malaquias, ressalta a importância da reunião do Comitê Diretivo da UNI Américas, os temas em torno dos quais a juventude das Américas tem se organizado e, sobretudo, a importância do processo eleitoral deste ano no Brasil. 

“Estas reuniões servem para os setores apresentarem as ações que estão programadas para o ano. A juventude das Américas tem se organizado em torno dos temas: formação, sindicalização, transição justa e atuação em conjunto com outras entidades internacionais como a CSA (Confederação Sindical dos Trabalhadores das Américas). 2022 é um ano importante para o Brasil, que define seus governantes, e esta decisão influência toda a América Latina. Portanto, toda a região está observando os desdobramentos na política brasileira”, destacou Lucimara. 

UNI Américas

A UNI Américas é o braço regional da UNI Global Union, sindicato mundial que representa mais de 20 milhões de trabalhadores em todo o mundo, ao qual o Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região é filiado.  

UNI Américas Finanças 

Na sua participação na reunião diretiva da UNI Américas, a secretária-geral do Sindicato, Neiva Ribeiro, fez o informe sobre as atividades da UNI Américas Finanças, que são desenvolvidas em alguns eixos centrais: ações sindicais frente às políticas antissindicais e antilaborais; digitalização; bancos públicos; sistemas de previdência; e campanhas de crescimento sindical. 

Confira abaixo um resumo do informe apresentado pela secretária-geral do Sindicato: 

  • Ações contra políticas antissindicais e antilaborais

Neste eixo, entre as ações da UNI Américas Finanças, destaca-se a campanha em resposta às demissões na Scotiabank, em Trinidad e Tobago. A UNI Américas Finanças também apoio campanha realizada pela AEBU (Asociación de Bancarios del Uruguay) contra a demissão de trabalhadores do Citi. Outro destaque são os protestos contra políticas antissindicais e antilaborais do Santander nas Américas, especialmente no Brasil, Argentina e Chile. Também foram realizadas campanhas internacionais contra a demissão de líderes sindicais, como no caso da SINECREDISCOTIA e do Sindicato da ALFIN Banco de Peru.  

A UNI Américas Finanças aponta um aumento da perseguição, discriminação e demissão de trabalhadores sindicalizados, além de má fé por parte dos banqueiros nas negociações coletivas e ao descumprirem normas salariais. 

  • Digitalização 

Diante da maior relevância do tema do teletrabalho no sistema financeiro, que ganhou força com a pandemia de Covid-19, a UNI Américas Finanças trabalha para melhorar as condições de trabalho e sindicais dos trabalhadores que atuam neste modelo. Foi produzido um guia com normas e parâmetros para sindicatos utilizarem em suas negociações coletivas. Contraf-CUT, La Bancaria, AEBU, UNEB e SINTRABANCOL são exemplos de entidades que tiveram êxito em incorporar normas sobre teletrabalho em acordos coletivos. 

Outras ações da UNI Américas Finanças neste eixo são: participação na 1ª Reunião do Diálogo Tripartite da OIT sobre os Impactos da Digitalização no Sistema Financeiro; pesquisa sobre fintechs com a participação de todas as entidades afiliadas da UNI Américas Finanças, compilada pelo Comitê Técnico Consultivo da AEBU; questões de digitalização no âmbito das Redes Sindicais Internacionais de Bancos; projeto bilateral entre Argentina e Brasil para debate e divulgação das posições sindicais sobre fintechs; plano para realização da 1ª Conferência Internacional sobre os Impactos da Digitalização no Sistema Financeiro, em Fortaleza, no dia 27 de julho; entre outras. 

  • Bancos Públicos

A UNI Américas Finanças segue com posicionamento forte em defesa dos bancos públicos. Em 2021, foi realizada a Reunião Anual da Aliança Latino-Americana em Defesa dos Bancos Públicos. Já em 2022, foi realizado o Encontro de Coordenadores da Aliança Latino-americana em Defesa dos Bancos Públicos e, em junho próximo, será realizada nova Reunião da Aliança Latino-Americana em Defesa dos Bancos Públicos, em Fortaleza. 

Destacam-se as lutas dos sindicatos em defesa dos bancos públicos no Brasil, Peru e Uruguai, países com governos de direita, que atacam os bancos públicos em favor do sistema financeiro privado. 

  • Sistemas de previdência

Em 2021, foi realizado o Fórum Internacional de Pensões; Fóruns de Discussão para gerar conteúdo para pesquisas sobre Sistemas de Previdência na América Latina; e a Conferência sobre Previdência Social. Em 2022, ocorreu o Fórum Internacional de Pensões, onde foi apresentada pesquisa sobre Sistemas de Pensões do ponto de vista dos interesses dos trabalhadores. Por fim, foi realizada a Conferência Internacional sobre Sistemas de Pensões, em Montevidéu, Uruguai.  

  • Campanhas 

A UNI Américas Finanças segue com campanhas e ações para o crescimento do movimento sindical no Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, El Salvador, Paraguai e Peru. No caso do Brasil, a UNI Américas Finanças tem atuado junto com a Contraf-CUT em uma campanha para organizar trabalhadores do setor de TI. 

  • Políticas de gênero e de inclusão

Todas as atividades e ações da UNI Américas Finanças têm uma abordagem de paridade de gênero e inclusão. A entidade incentiva ações de seus afiliados pela adoção da Convenção 190 da OIT (Organização Internacional do Trabalho) em países em que não foi ratificada, como é o caso do Brasil, e para regulamentá-la nos que já ratificaram a convenção, como é o caso de Uruguai, Argentina, Peru e México. 

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