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Chapéu
Encontro

Emprego e direito no foco do debate de bancários dos privados

Linha fina
Segunda edição nacional do congresso, realizada na Quadra, foi aberto também com discursos em defesa da democracia e contra os ataques do governo Temer aos trabalhadores
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Foto: Jailton Garcia / Contraf-CUT

São Paulo - “Nenhum direito a menos. Lutar defender e garantir”, com este lema começou, na noite desta terça-feira 6, o Encontro Nacional de Funcionários dos Bancos Privados de 2017, realizado em São Paulo, até a quinta 8, na Quadra.

Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT, afirmou que as questões específicas dos bancos privados serão debatidas, mas com um aditivo. “Vamos fazer um debate das perspectivas da conjuntura que estamos vivendo, que talvez seja um dos mais cruéis da história, ao lado da ditadura militar. Esse é o momento de uma crise mais concreta, uma crise ética, uma crise política, uma crise econômica. O Brasil caminha para um conflito, pois vivemos tempos de ódios, semeados pelos grandes grupos de mídia. E nós estamos aqui para fazer um debate sobre toda essa crise e sobre nossas especificidades", disse, de acordo com matéria da Contraf-CUT.

O presidente da Contraf-CUT lembrou ainda afirmou que “uma coisa tem de ficar claro para cada um que está aqui hoje. Só tem uma saída, é politizar o debate e mostrar que esse Congresso é composto por bandidos. Fora Temer não basta, é Diretas Já para sairmos daqui melhor do que chegamos.”

Juvandia Moreira, presidenta do Sindicato, e representante da CUT, acrescentou ser "importante realizarmos esses encontros para defender nossa democracia, pois direitos só existem na democracia. Você não tem direito quando são retirados os poderes básicos do povo, que é a democracia, é o poder de votar e escolher seu presidente. Para mantermos os direitos, nós precisamos das eleições diretas. Não tem como fazer o encontro dos bancos sem discutir essa conjuntura, pois precisamos reverter isso. Ir aos locais de trabalho e explicar a gravidade do situação para os trabalhadores da base”.

Rita Berlofa, diretora executiva do Sindicato e presidenta da UNI Finanças, acredita que os representantes dos trabalhadores do setor de finanças do Brasil fazem a diferença. “Somos referência como sindicato dos bancários no mundo todo. Assumi este cargo devido a todas as conquistas da categoria.”

Para Ivone Silva, presidenta eleita do Sindicato, estamos vivendo estado de exceção. “Nosso estado está em jogo. Temos uma ditadura do Judiciário. Não se ganha nas urnas, nem na política, apenas no Judiciário, isso tem feito mal para o nosso país. Quando as nossas mobilizações estavam no auge, a Justiça era contra as nossas greves. Em nossas negociações, o Judiciário vem com ações contra, até pedindo prisão de presidentes dos sindicatos. Mas agora a sociedade está acordando e tem visto que foi um golpe contra os direitos trabalhistas e sociais.”

De acordo com Adma Gomes, representante da Comissão de Organização dos Empregados (COE) Itaú, uma das coisas que são mais importantes e que os presentes terão de batalhar muito é a questão do emprego. “Com a terceirização a nossa porta, este tema se torna prioritários para todos os bancos. Não só aqui nos encontros, mas também quando retornarmos a nossa base, nós temos que fazer com que os bancários assimilem os riscos que correm com as reformas nefastas que estão colocadas.”

Gheorge Vitti, coordenador da COE Bradesco, garante que cada representante traz o anseio de sua região para os debates. “Parabenizo a Contraf-CUT pelo encaminhamento que teve de aproximar os temas, na qual vamos tentar fazer um painel para que consiga traçar os rumos que nos convergem. O emprego descente está na nossa linha de frente. A terceirização precariza o emprego. Vamos colocar no foco as pautas maiores que estão no dia a dia.”

Maria Rosani, diretora executiva do Sindicato e coordenadora da COE Santander, ressaltou que, apesar de estarmos num momento tão complicado, não podíamos deixar de fazer este encontro. “O tema foi acertado, já que os banqueiros são os maiores financiadores deste golpe imposto no país. Nós temos que nos reunir e pensar como trabalhar para manter nosso emprego e nossos direitos.”

Marco Aurélio Alves, coordenador da COE do Banco Mercantil (BMB), garantiu que a COE é muito importante nesse momento complicado da conjuntura, tão desfavorável. “Vamos mudar essa realidade com união e força. Vamos levar esse debate para as bases, porque são as bases que mandam e decretam o que fazer e nós do sindicato somos a liderança dessa base. Vamos levar esse debate na seriedade e fazer a greve geral. Mostrar que a classe bancaria está unida e temos um diferencial de luta. Vamos mostrar a resistência para o governo.”

Ricardo Neto, representante da CTB, definiu que o elitismo está mandando hoje e o capital internacional tenta impor a agenda do governo golpista, que tenta tirar os nossos direitos. “Nossa saída será as ruas, vamos envolver os trabalhadores e trabalhadoras e dar a resposta para esse governo sair. Vamos lutar contra os parlamentares que estão apoiando esse governo.”

Edson Carneiro, o Índio, da Intersindical, pontuou que “o capital da direita está dividido entre tirar o Temer com a eleição indireta e deixar o Temer com as reformas. Estamos criando uma aliança por Diretas Já para garantir os nossos direitos. Nós temos um desafio muito importante com esse encontro: organizar a greve geral do dia 30 de junho em defesa dos direitos e constituir um grande movimento para reestabelecer a democracia. Vamos sair daqui mais unificados para impor Diretas Já e para que o povo possa decidir um novo rumo e uma nova reforma tributária para que a classe trabalhadora possa viver com dignidade.”

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