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Bancários fazem Dia Nacional de Luta

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Em São Paulo, o Dia Nacional de Luta dos Bancários, realizado até as 12h desta sexta-feira (18), contou com a participação de mais de 800 trabalhadores das 15 agências da Praça Silvio Romero (Tatuapé) e das 25 da avenida Paes de Barros (Mooca), Zona Leste da capital. Tudo transcorreu com tranqüilidade.

Essa foi a segunda grande atividade de mobilização da Campanha Nacional dos Bancários. No último dia 10, os trabalhadores fizeram passeata pelas ruas do centro de São Paulo até a sede da Federação Nacional dos Bancos, onde foi entregue a minuta de reivindicações e aconteceu a primeira rodada de negociação.

Para o presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Luiz Cláudio Marcolino, o ato dos bancários da Zona Leste foi um sucesso. “Os trabalhadores deram uma demonstração de força e um sinal claro de que estão dispostos a participar ativamente da campanha deste ano.”
Outras atividades devem ocorrer ao longo da próxima semana. “Os bancários estão mobilizados. Caso as reivindicações apresentadas aos banqueiros não sejam atendidas, o movimento crescerá cada vez mais. Nossas propostas são muito claras e justas, não há razão para negativas por parte dos bancos”, completa o presidente do Sindicato.

Nova rodada – Na segunda-feira (21), o Comando Nacional dos Bancários e representantes da Fenaban fazem a segunda rodada de negociação da campanha 2006, às 15h, no Hotel Renaissance (alameda Santos, 2.233, sala Pantanal). Na primeira rodada (10/8), os trabalhadores apresentaram as cláusulas consideradas prioritárias para a categoria e os banqueiros pediram prazo para analisá-las.

Os eixos econômicos da campanha nacional dos bancários são aumento real de salários, de 7,05%, além da reposição da inflação, e participação maior nos lucros e resultados – de 5% do lucro líquido linear, mais um salário bruto acrescido de R$ 1.500. Outros quatro eixos são o fim do assédio moral e das metas abusivas; a isonomia de direitos entre trabalhadores aposentados, afastados e de bancos que sofreram fusões; a manutenção do emprego – por meio da proibição de dispensas imotivadas e da ampliação do horário de atendimento com dois turnos de trabalho – e a redução dos juros e das tarifas.

Além desses eixos, são consideradas prioritárias as cláusulas que reivindicam 14º salário; plano de cargos e salários para todos os trabalhadores; regramento da remuneração variável; aumento na gratificação de caixa; vale-alimentação de R$ 300; auxílio creche/babá de um salário mínimo; auxílio-educação para todos os funcionários; fim da terceirização de serviços; criação de comissão de segurança bancária; isenção de tarifas para todos os bancários; delegados sindicais em todos os bancos; programa de reabilitação profissional. Questões específicas de saúde e de igualdade de oportunidades estão sendo debatidas em mesas separadas e serão transformadas em cláusulas da convenção coletiva.

Ramo – Também foi informado à Fenaban que, apesar de a categoria bancária contar com pouco mais de 400 mil trabalhadores em todo o Brasil, mais de um milhão de pessoas prestam serviços ao sistema financeiro e, cada vez mais, de forma indireta. Por isso, a campanha nacional realizará uma série de ações com o objetivo de fortalecer a representação de todos os trabalhadores do ramo financeiro. A data-base dos bancários é 1º de setembro. Dos pouco mais de 400 mil trabalhadores no Brasil, cerca de 110 mil deles estão em São Paulo, Osasco e 15 municípios da região de Osasco.
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