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Bancários do Real ABN atrasam abertura de agências pela defesa do emprego

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Os bancários do Real ABN atrasaram por uma hora a abertura de agências bancárias nesta quarta-feira, 22 de agosto, em mobilização pela defesa do emprego. Cerca de 2.850 bancários de 16 agências de São Paulo e Osasco e do Centro Administrativo Operacional (CAO) ABN, na Avenida Brigadeiro Luiz Antônio, região da Paulista, foram abrangidos pela mobilização. No CAO, onde o horário de entrada dos funcionários é escalonado, a partir das 7h, os trabalhos foram retomados por volta das 10h. Estão programados protestos em todo o país.

Desde quando teve início a novela sobre a venda do banco holandês, no mês de abril, os rumores sobre demissões começaram a circular nos meios de comunicação. Falou-se até na eliminação de 20 mil postos de trabalho em todo o mundo, entre demissões e terceirizações. No Brasil, o Real ABN conta com 31 mil funcionários.

“O sistema financeiro que acumula lucros recordes não pode ver seus ganhos aumentarem ainda mais às custas de demissão de trabalhadores. Os bancos, nos processos de fusão e aquisições, ampliam suas áreas de atuação e devem também aumentar o número de empregos e não reduzi-los. Os trabalhadores que ficam também são punidos em razão do acúmulo de trabalho”, disse Luiz Cláudio Marcolino, presidente do Sindicato dos Bancarios, de São Paulo, Osasco e Região. “Na Europa a Convenção 158 da OIT, que acaba com a dispensa imotivada, já e é aplicada em diversos países, mas no Brasil ainda lutamos para que ela seja aprovada. A proteção do emprego precisa ser regulamentada”, ressaltou.

Os representantes dos trabalhadores têm desenvolvido uma série de ações, entre elas reunião com a direção do banco no Brasil, encontro de dirigentes sindicais dos países em que o banco holandês atua e audiência com membros do governo federal para montar uma estratégia de proteção ao emprego.

Na próxima semana, os bancários irão à assembléia Legislativa de São Paulo com o objetivo de que a casa aprove uma moção em defesa do emprego dos trabalhadores dos bancos envolvidos no processo de fusão ou incorporação. Os dirigentes sindicais de todo o país estão trabalhando com os deputados em seus respectivos estados a fim de aprovar o documento.
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