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Bancários negociam com a Fenaban nesta quinta

Linha fina
Primeiro bloco a ser discutido inclui reivindicações sobre Saúde, Igualdade de Oportunidades, Segurança Bancária, Auxílio-educação e 13ª Cesta
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Saúde e Condições de Trabalho, Igualdade de Oportunidades e Segurança Bancária abrem a primeira série de quatro negociações inicialmente programas para a Campanha Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro 2007. O encontro acontece a partir das 10h, desta quinta-feira, dia 30, no Hotel L´Hotel (Alameda Campinas, 266, Sala Capri), em São Paulo.

Este primeiro bloco de reivindicações, que começa a ser debatido com a Fenaban, engloba ainda a inclusão de cláusulas novas à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT): 13º cesta-alimentação; auxílio-educação para todos; isenção de tarifas e cobrança de juros menores; criação de um Fundo de Previdência Complementar; direito a um delgado sindical por local de trabalho e extensão da CCT a todos os trabalhadores do ramo financeiro.

“Apostamos na mobilização da categoria e no processo de negociação. Os banqueiros têm condições de atender às nossas reivindicações”, disse Luiz Cláudio Marcolino, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.
O novo formato de negociação prevê a discussão de um bloco de reivindicações por semana. A idéia é esgotar as discussões de cada bloco até que o outro seja iniciado. Esta nova estratégia foi proposta pelos dirigentes sindicais, com o objetivo de fortalecer o processo de negociação.

O próximo grupo que trata da reivindicação de 10,3% de reajuste, Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de dois salários mais valor adicional de R$ 3.500 e demais cláusulas econômicas (remuneração variável e elevação do valor do piso) será apreciado no dia 5 de setembro. Os demais encontros acontecem nos dias 13 (reivindicações sociais e sobre defesa do emprego) e 20 de setembro (cláusulas renováveis da CCT).

Os bancários são uma das poucas categorias no país que possuem um acordo coletivo de trabalho com validade nacional. Todos os direitos conquistados têm legitimidade em todo o país. A categoria conta com 420 mil bancários, sendo 124 mil na base do Sindicato dos Bancários de São Paulo Osasco e Região.

Saúde e Condições de Trabalho – O Comando Nacional dos Bancários quer discutir com a Fenaban (Federação dos Bancos) a implementação de práticas que combatam e reduzam o assédio moral nas instituições financeiras. O tema é um dos assuntos que serão debatidos nesta quinta, 30, no primeiro bloco de reivindicações.

“O assédio moral seja individual ou institucional deve ser banido da estrutura de gestão dos bancos. Utilizar medidas práticas contra o assédio é uma das formas mais eficazes de prevenção ao adoecimento dos trabalhadores - como a síndrome do pânico e o estresse pós-traumático que assola a categoria - e conseqüentemente de evitar o afastamento dos bancários”, disse Luiz Cláudio Marcolino.

Os Bancários querem discutir todas as formas de prevenção e de garantia de condições de trabalho - sejam psicológicos ou físicas – e ainda estabelecer regras de reabilitação para reintegrar ao trabalho os funcionários que retornam de licença médica.

Os trabalhadores também vão levar à mesa de negociação a reivindicação de isonomia de direitos. Atualmente, o bancário com problemas de saúde fica sem o tíquete-refeição após o 15º dia de afastamento; o valor da cesta-alimentação deixa de ser creditado após seis meses e o pagamento da PLR é suspenso depois de 12 meses longe do trabalho.

Segurança Bancária – A instalação de portas de segurança já na entrada do auto-atendimento e a manutenção permanente de detectores de metais estão entre as reivindicações que os bancários vão discutir com a Fenaban para garantir a segurança de bancários e clientes.

Além das medias preventivas, os bancários também vão exigir que os bancos prestem assistência aos trabalhadores vítimas de assalto. Desta forma os dirigentes sindicais vão defender na mesa de negociação a emissão do CAT (Comunicado de Acidente de Trabalho) a todos os trabalhos que presenciaram o assalto.

Igualdade de Oportunidade – Entre as reivindicações da categoria está o treinamento e a contratação de pessoas com deficiência e a adequação do ambiente de trabalho às necessidades desses funcionários. O sistema financeiro ainda não conseguiu cumprir a Lei Federal de Quotas Nº 8.213/91 que prevê a empresas de grande porte, como os bancos, que a contratação de pessoas com deficiência atinja 5% do total de empregados.

Desde a campanha nacional de 2006, uma série de encontros e negociações culminou na formulação de uma pesquisa que resultará no Mapa da Diversidade. O documento faz parte das etapas do Processo de Inclusão Social nos Bancos. A divulgação dos resultados está prevista para o início de 2008.

A igualdade de tratamento para homoafetivos também será discutida na mesa com a Fenaban. Os trabalhadores querem, por exemplo, que o direito ao convênio médico seja estendido aos parceiros do mesmo sexo.

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