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Negociação entre bancários e Fenaban prevê canal de reclamações e programa de prevenção

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As negociações do primeiro bloco de reivindicações entre o Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban (Federação dos Bancos) serão retomadas nesta sexta-feira, 31 de agosto, a partir das 9h. O encontro acontece no Hotel Crowne Plaza (Rua Frei Caneca, 1.360, Sala Diamante), em São Paulo.

Neste primeiro bloco de negociação, iniciado nesta quinta-feira (30), além das questões relativas ao combate ao assédio moral, também foram discutidas reivindicações sobre a formulação de um programa de prevenção de doenças ocupacionais e reabilitação de afastados. A proposta é que um grupo bipartite, formado por bancários e representantes dos bancos, apresente, durante o período de negociações da campanha, uma formulação com critérios para prevenção do adoecimento no local de trabalho, criando condições para que o bancário possa se tratar de forma a evitar o afastamento. “Temos que apontar mecanismos de prevenção para que o trabalhador não fique doente. Mas, se ficar, é preciso definir formas para que ele se cure e seja reabilitado”, afirma Luiz Cláudio Marcolino, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.

Os bancários querem também a isonomia de direitos entre trabalhadores da ativa e afastados por problemas de saúde. Os debates desta quinta-feira trataram, ainda, da igualdade de oportunidades. As reuniões serão retomadas a partir desses temas.

Também estão previstas para esta sexta-feira discussões sobre segurança bancária e o debate sobre a inclusão de cláusulas novas.

Assédio Moral - A criação de um canal de denúncia de assédio moral e a inclusão de cláusulas com ações que combatam a prática na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), foram as reivindicações dos bancários que abriram as negociações desta quinta-feira, dia 30, com a Fenaban. Este bloco trata de itens sobre Saúde e Condições de Trabalho. Essas propostas foram discutidas a partir do resultado dos debates do grupo de trabalho conquistado na última campanha e que reuniu representantes dos bancários e dos bancos.

Os primeiros resultados prevêem a criação de um canal de denúncia para captação, apuração, com prazo final estabelecido para solução e análise de possíveis desdobramentos dos casos de assédio moral. Também deve ser implementado um programa de prevenção ao assédio que seja estendido a todos os trabalhadores.

Esse programa será negociado entre as partes – bancários e banqueiros – e deve ter acompanhamento constante dos sindicatos.

“O acompanhamento dos sindicatos é que vai garantir a efetividade do programa com resultados positivos para os trabalhadores. Vamos insistir nisso”, diz Luiz Cláudio Marcolino, o presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, que participa das reuniões.

Negociação - O novo formato de negociação prevê a discussão de um bloco de reivindicações por semana. A idéia é esgotar as discussões de cada bloco até que o outro seja iniciado. Esta nova estratégia foi proposta pelos dirigentes sindicais, com o objetivo de fortalecer o processo de negociação.

O próximo grupo que trata da reivindicação de 10,3% de reajuste, Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de dois salários mais valor adicional de R$ 3.500 e demais cláusulas econômicas (remuneração variável e elevação do valor do piso) será apreciado no dia 5 de setembro. Os demais encontros acontecem nos dias 13 (reivindicações sociais e sobre defesa do emprego) e 20 de setembro (cláusulas renováveis da CCT).

Os bancários são uma das poucas categorias no país que possuem um acordo coletivo de trabalho com validade nacional. Todos os direitos conquistados têm legitimidade em todo o país. A categoria conta com 420 mil bancários, sendo 124 mil na base do Sindicato dos Bancários de São Paulo Osasco e Região.

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