A organização da categoria bancária conseguiu a manutenção de todos os direitos da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) e reajuste salarial de 5%, que atinge a inflação (Índice Nacional de Preços ao Consumidor - INPC do período entre 1º de setembro de 2017 e 31 de agosto de 2018, projetada em 3,78%). Com isso, os bancários terão aumento real de 1,18% nos salários, PLR e demais verbas.
Esse é o resultado da Campanha Nacional 2018, mesmo diante da atual conjuntura extremamente desfavorável aos trabalhadores imposta pelo golpe de 2016.
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Há dois anos, um presidente ilegítimo, respaldado por um Congresso Nacional dominado por empresários (mais de 250 dos 594 parlamentares), promove uma agenda de destruição dos direitos da classe trabalhadora.
Só para citar alguns exemplos, desde 2016, aqueles que deveriam legislar em favor da população aprovaram a Emenda Constitucional 95, que congelou os investimentos em saúde e educação por 20 anos; além da lei da terceirização ilimitada e da reforma trabalhista, que praticamente reduziram a CLT a pó.
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Patrões com a faca e o queijo na mão
Dentre inúmeros prejuízos, a nova lei trabalhista, feita sob encomenda do setor patronal, decretou o fim da validade dos acordos e convenções coletivas até que um novo seja firmado (ultratividade). Com isso, a partir de 31 de agosto (um dia antes da data base da categoria) os bancos têm a faca e o queijo na mão para suprimir qualquer cláusula da CCT, como PLR, vales alimentação e refeição, auxílio creche, e todos os outros. A reforma trabalhista também acabou com o imposto sindical sem prever qualquer nova fonte de financiamento das entidades representativas, em um claro propósito de enfraquecer a organização dos trabalhadores.
Diante desse cenário desolador para a classe trabalhadora, a manutenção dos direitos e o aumento real acima da média dos acordos firmados por outras categorias são grande vitória dos bancários.