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Bancários param no Centro e greve pode ser ampliada no decorrer do dia

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Mais de mil trabalhadores reunidos em assembléia na noite de hoje (27) decidiram paralisar as agências do Centro de São Paulo na greve de 24 horas desta quarta (28). São cerca de 70 agências distribuídas pelas ruas São Bento, Boa Vista, 15 de Novembro, 7 de abril, 24 de maio, Barão de Itapetininga, Praça do Patriarca, da República, João Mendes. Ao longo do dia a greve pode ser expandida para outros locais, de acordo com a mobilização dos bancários. “Os trabalhadores que quiserem aderir ao movimento e fortalecer a pressão contra os banqueiros, vão parar”, diz o presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Luiz Cláudio Marcolino.

Os bancários protestam contra a proposta apresentada pelos banqueiros no último dia 20: 4% de reajuste, mais R$ 1.000 de abono e Participação nos Lucros e Resultados (PLR) nos mesmos moldes da paga no ano passado, ou seja, 80% do salário mais valor fixo de R$ 733. Os banqueiros anunciaram, ainda, que pretendem retirar um direito dos trabalhadores: a 13ª cesta-alimentação paga no ano passado. Essa proposta foi rejeitada em duas assembléias de trabalhadores – uma na Praça do Patriarca, no dia 21, e outra no Bradesco Cidade de Deus, no dia 22. A Fenaban foi informada, mas até agora não marcou nova negociação.

As reivindicações dos bancários os banqueiros conhecem desde 11/8: reajuste salarial de 11,77%, PLR maior (um salário mais valor fixo de R$ 788 acrescidos de 5% do lucro líquido distribuídos de forma linear entre os funcionários), valorização dos pisos, garantia de emprego e novas conquistas – como o 14º salário, 13ª cesta-alimentação, proteção salarial (reajuste sempre que a inflação acumulada alcançar 3%). Saúde é um dos eixos de campanha e há cláusulas de prevenção, reabilitação e isonomia dos trabalhadores afastados com os da ativa. Dentre as cláusulas sociais, há pontos como a promoção da igualdade de oportunidades e o controle de tempo de espera nas filas. Também são reivindicados o fim da terceirização e a recontratação dos terceirizados; ampliação do horário de atendimento ao público para das 9h às 17h, com dois turnos de trabalho; medidas para coibir e combater o assédio moral; continuidade dos trabalhos da Comissão de Segurança Bancária; eleição de delegados sindicais nos locais de trabalho.

PM – O Sindicato enviou à Secretaria de Segurança Pública do Estado e à Polícia Militar ofício informando sobre a paralisação desta quarta-feira.

“Avisamos que foram cumpridas todas as determinações da Lei de Greve e que os bancários estão exercendo um direito legítimo. Queremos que a PM não interfira e não tente usar a violência para acabar com o protesto dos bancários”, diz o presidente do Sindicato.

A categoria – A data-base da categoria é 1º de setembro. No Brasil há cerca de 400 mil bancários. Em São Paulo, Osasco e Região são 106 mil trabalhadores distribuídos em torno de 3 mil locais de trabalho.

No ano passado, os bancários receberam reajuste salarial que variou entre 8,5% e 12,77% (no piso salarial), contra uma inflação de 6,4%. 
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