Pular para o conteúdo principal

Bancários atrasam abertura de agências no Centro

Imagem Destaque
As agências do Santander Banespa, HSBC e ABN Real, do centro de São Paulo, abrirão somente após as 12h. O protesto envolve cerca de 400 bancários. O mesmo acontece com os 1.500 trabalhadores do Centro Administrativo do HSBC, que fica no Ceasa. O ato dos bancários que estão em campanha nacional é mais um dos realizados desde o início do mês de agosto e coincide com a Jornada Internacional de Luta que se inicia essa semana em toda a América Latina.

Hoje (19), será realizada a quinta rodada de negociação entre o Comando Nacional dos Bancários e os representantes da Federação Nacional dos Bancos, Fenaban, a partir das 14h no Hotel Renaissance (Alameda Santos, 2.233). Na última reunião (dia 15), os banqueiros disseram que não querem pagar aumento real – apesar de no último ano o lucro do setor ter crescido em média 40%.

A data-base dos bancários é 1º de setembro e o presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Luiz Cláudio Marcolino, afirma que a rodada de hoje é o prazo final dos banqueiros. “Os bancários já demonstraram sua boa vontade, mas se não houver proposta vamos entrar em greve a partir da próxima semana”, avisa Marcolino.

A categoria reivindica aumento real de salários, de 7,05%, além da reposição da inflação, e participação maior nos lucros e resultados – de 5% do lucro líquido linear, mais um salário bruto acrescido de R$ 1.500. No ano passado, os bancários receberam reajuste de 6% (1% de aumento real), mais R$ 1.700 de abono e PLR mínima de 80% do salário mais R$ 800, após seis dias de greve no mês de outubro.

Reivindicações – A minuta dos bancários foi entregue no dia 10 agosto, quando aconteceu a primeira rodada e foram apresentadas as cláusulas prioritárias. Outras duas rodadas aconteceram nos dias 21 e 29. A data-base da categoria é 1º de setembro. No Brasil há pouco mais de 400 mil bancários, 106 mil deles atuam na base do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.

Além das cláusulas econômicas, os trabalhadores querem o fim do assédio moral e das metas abusivas; a isonomia de direitos entre trabalhadores aposentados, afastados e de bancos que sofreram fusões; a manutenção do emprego – por meio da proibição de dispensas imotivadas e da ampliação do horário de atendimento com dois turnos de trabalho – e a redução dos juros e das tarifas.

Além desses eixos, são consideradas prioritárias as cláusulas que reivindicam 14º salário; plano de cargos e salários para todos os trabalhadores; regramento da remuneração variável; aumento na gratificação de caixa; vale-alimentação de R$ 300; auxílio creche/babá de um salário mínimo; auxílio-educação para todos os funcionários; fim da terceirização de serviços; criação de comissão de segurança bancária; isenção de tarifas para todos os bancários; delegados sindicais em todos os bancos; programa de reabilitação profissional.
seja socio