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Mobilização dos bancários arranca nova negociação

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Foram vários atos de protesto que envolveram milhares de bancários em todo o país. Em São Paulo, Osasco e região, cerca de 20 mil bancários, desde o final do mês de agosto – quando aconteceu a última rodada de negociação da campanha nacional da categoria –, participaram dos atos de protesto que atrasaram a abertura de mais de cem agências para exigir negociações sérias.
 
Finalmente, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) anunciou uma nova rodada de negociação, com o Comando Nacional dos Bancários, para a próxima sexta-feira, dia 15, às 14h, em local a ser confirmado.

O debate deve girar em torno das cláusulas econômicas da minuta. Os bancários querem aumento real de salários, de 7,05%, além da reposição da inflação, e participação maior nos lucros e resultados – de 5% do lucro líquido linear, mais um salário bruto acrescido de R$ 1.500.

“Os bancários demonstraram sua disposição de luta durante todos esses dias. Estiveram ao lado do Sindicato e deixaram claro que não vão aceitar o tratamento dispensado pelos banqueiros até agora”, afirma o presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Luiz Cláudio Marcolino. “Esperamos que nessa rodada de negociação os banqueiros atendam as reivindicações dos trabalhadores, para que possamos levar a proposta aos trabalhadores e encerrar nossa campanha nacional distribuindo aos bancários um pouco do fantástico lucro acumulado pelo setor financeiro.”

Reivindicações – A minuta dos bancários foi entregue no dia 10 agosto, quando aconteceu a primeira rodada e foram apresentadas as cláusulas prioritárias. Outras duas rodadas aconteceram nos dias 21 e 29. A data-base da categoria é 1º de setembro. No Brasil há pouco mais de 400 mil bancários, 106 mil deles atuam na base do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.

Além das cláusulas econômicas, os trabalhadores querem o fim do assédio moral e das metas abusivas; a isonomia de direitos entre trabalhadores aposentados, afastados e de bancos que sofreram fusões; a manutenção do emprego – por meio da proibição de dispensas imotivadas e da ampliação do horário de atendimento com dois turnos de trabalho – e a redução dos juros e das tarifas.

Além desses eixos, são consideradas prioritárias as cláusulas que reivindicam 14º salário; plano de cargos e salários para todos os trabalhadores; regramento da remuneração variável; aumento na gratificação de caixa; vale-alimentação de R$ 300; auxílio creche/babá de um salário mínimo; auxílio-educação para todos os funcionários; fim da terceirização de serviços; criação de comissão de segurança bancária; isenção de tarifas para todos os bancários; delegados sindicais em todos os bancos; programa de reabilitação profissional.
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