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Bancários rejeitam contraproposta da Fenaban e decidem por paralisação nesta sexta, 28

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Os bancários de São Paulo, Osasco e região rejeitaram em assembléia, realizada nesta quinta-feira, 27 de setembro, reajuste salarial de 4,82% proposto pela Federação dos Bancos (Fenaban) e aprovaram a realização de paralisações de 24 horas nesta sexta-feira, 28. As paralisações irão concentra-se inicialmente na região central da capital paulista e deverão se estender para as demais regiões da cidade no decorrer do dia.

"Os bancários não abrem mão do aumento real de salário e da valorização dos pisos, da participação nos lucros, da cesta-alimentação e do auxílio-refeição. A responsabilidade desta paralisação é dos bancos, que não apresentaram uma proposta que contemplasse as reivindicações a categoria", disse Luiz Cláudio Marcolino, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região. "Se não houver avanços na mesa de negociação os bancários vão à greve por tempo indeterminado", ressaltou.

Os bancários também decidiram a realização de uma assembléia na próxima terça-feira, dia 2 de outubro, para deliberar sobre greve por tempo indeterminado a partir do dia 3, quarta-feira.

Negociação - O Comando Nacional dos Bancários e a Federação os Bancos (Fenaban) reúnem-se nesta, sexta-feira, 28 de setembro para mais uma rodada de negociação sobre as reivindicações econômicas, a oitava desta Campanha Nacional. A Negociação está marcada para as 14h, no Hotel Mércure Grand Hotel SP (Rua Joinville, 515 – Ibirapuera).

Reivindicações Econômicas
* Reajuste salarial de 10,3%, que prevê aumento real de 5,5%. Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de dois salários mais valor adicional de R$ 3.500.
* Piso salarial de R$ 1.628,24 (salário mínimo definido pelo Dieese).
* Plano de Cargos e Salários em todos os bancos.
* 14º salário.
* Cesta-alimentação de R$ 380 (salário mínimo vigente).
*13ª cesta-alimentação.
* Auxílio-creche/babá de R$ 380 (salário mínimo vigente).
* Auxílio-educação para todos
* Remuneração Variável - Está é a primeira vez que os bancários apresentam essa reivindicação. O objetivo é regrar o pagamento e acabar com a cobrança abusiva de metas. Assim, os bancários querem uma remuneração complementar de 10% do total das vendas de produtos feitas em cada unidade, distribuído de forma linear para todos. E 5% da arrecadação com prestação de serviços distribuídos trimestralmente de forma linear a todos os bancários de cada instituição, inclusive aos afastados por licença-saúde.

Dados da Categoria - Os bancários são uma das poucas categorias no país que possuem um acordo coletivo de trabalho com validade nacional. Todos os direitos conquistados têm legitimidade em todo o país. A categoria conta com 420 mil bancários, sendo 114 mil na base do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.
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