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Negociações econômicas serão retomadas dia 13

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A Participação nos Lucros e Resultados (PLR) dos bancários terá um modelo simplificado em relação aos anteriores e será determinada a partir das bases pagas no ano passado. Esta foi uma das definições da negociação desta quarta-feira, 5 de setembro, entre o Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban (Federação dos Bancos).

As negociações deste bloco que trata das reivindicações de cláusulas econômicas serão retomadas na próxima quinta-feira, 13 setembro, quando também estão previstas, na seqüência, as negociações do terceiro bloco que inclui reivindicações sociais e sobre defesa do emprego. O quarto e último bloco, que inclui cláusulas renováveis do Contrato Coletivo de Trabalho (CCT), será apreciado no dia 20 de setembro.

“As negociações chegaram à exaustão hoje, mais ainda não foram esgotadas. A Fenaban pediu um tempo para que as discussões fossem digeridas e para que cada representante consultasse às direções de seus respectivos bancos. Esperamos que na próxima negociação a Fenaban apresente uma formulação de PLR, que seja mais focada no lucro e menos nos resultados”, disse Luiz Cláudio Marcolino, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.

Os bancários também defenderam que os programas próprios de remuneração dos bancos não devem ser descontados do pagamento da PLR. Os trabalhadores também insistiram na necessidade de ampliação do valor dos pisos de escriturário, caixa, comissionado e gerente e que um Plano de Cargos e Salários seja criado a partir desses novos patamares para todos os trabalhadores da categoria.

“Os trabalhadores querem muito mais do que discutir reajuste salarial. Nós queremos discutir a remuneração total dos bancários. Os bancos não podem mais definir unilateralmente quanto os bancários vão ganhar de salário, de piso, de remuneração variável. As remunerações devem favorecer a todos os trabalhadores e não à apenas uma minoria”, disse Marcolino.

Motivada pelo quadro de estabilização da economia, a Fenaban defendeu que o acordo coletivo de trabalho valha por dois anos. O movimento sindical ainda não tem uma posição sobre o assunto e ficou de refletir sobre o tema.

Todas as reivindicações econômicas previstas para este bloco foram levadas à mesa pelos bancários e voltarão a ser apreciadas na próxima negociação.

Reivindicações dos bancários
Reajuste salarial de 10,3%, que prevê aumento real de 5,5%.
Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de dois salários mais valor adicional de R$ 3.500.
Piso salarial de R$ 1.628,24 (salário mínimo definido pelo Dieese).
Plano de Cargos e Salários em todos os bancos.
14º salário.
Cesta-alimentação; R$ 380 (salário mínimo vigente).
13ª cesta-alimentação.
Auxílio-creche/babá de R$ 380 (salário mínimo vigente).
Auxílio-educação para todos

Remuneração Variável - Está é a primeira vez que os bancários apresentam essa reivindicação. O objetivo é regrar o pagamento e acabar com a cobrança abusiva de metas. Assim, os bancários querem uma remuneração complementar de 10% do total das vendas de produtos feitas em cada unidade, distribuído de forma linear para todos. E 5% da arrecadação com prestação de serviços distribuídos trimestralmente de forma linear a todos os bancários de cada instituição, inclusive aos afastados por licença-saúde.

Dados - Os bancários são uma das poucas categorias no país que possuem um acordo coletivo de trabalho com validade nacional. Todos os direitos conquistados têm legitimidade em todo o país. A categoria conta com 420 mil bancários, sendo 114 mil na base do Sindicato dos Bancários de São Paulo Osasco e Região.

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