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Quase 9 mil bancários em greve no Itaú Ceic

Linha fina
Em dia de paralisação nacional contra retirada de direitos, nesta quinta, bancários do Centro Empresarial Itaú Conceição entram na greve para cobrar dos bancos retomada das negociações e proposta decente
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Redação Spbancários
22/9/2016


São Paulo – O Centro Empresarial Itaú Conceição ficou fechado. O centro administrativo onde funcionam a presidência e diversos setores estratégicos do banco teve as atividades paralisadas na manhã da quinta-feira 22, 17º dia de greve nacional dos bancários. A mobilização abrange os quase 9 mil funcionários do Itaú no Ceic, além de cerca de 3 mil terceirizados que prestam serviço no local.

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“Fechar o Ceic é um recado claro dos trabalhadores e do movimento sindical: o diálogo é a melhor maneira de resolver o impasse criado pelos bancos na campanha dos bancários”, afirma Marta Soares, diretora executiva do Sindicato. “Os trabalhadores querem reajuste digno para os salários, para a PLR. Querem valorização dos vales, dos auxílios. Respeito aos seus empregos e às condições de trabalho. São reivindicações muito justas e que os bancos podem atender para acabar com a greve.”

Francamente – Marta relata que o Itaú está aproveitando o período de campanha para fazer sua consulta anual interna de satisfação com os trabalhadores: o Fale Francamente. Numa das questões, o banco questiona se “nessa empresa as pessoas são pagas adequadamente pelo serviço que fazem?”.

“Trabalhador, fale francamente: um banco que lucra R$ 10 bi somente em seis meses não tem condições de atender às nossas reivindicações? Falando francamente: claro que tem”, responde Marta, que também é funcionária do Itaú.

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A opinião também é dividida por outros trabalhadores. “A paralisação é justa, é uma categoria grande, em um setor onde os lucros são enormes. Se os bancos nos cobram para bater metas e aumentar os lucros, porque não podemos cobrá-los de nossas reivindicações”, disse um bancário do Ceic.

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Ameaça, não – Uma trabalhadora da mesma concentração lembrou a pressão diária e constante que vivem no local de trabalho. “E isso só aumenta agora. Vêm nos ameaçar, dizendo que é melhor que o Sindicato aceite a proposta, ainda que baixa, porque no mercado de trabalho as propostas são piores e ainda há muitas demissões. Além das metas, ainda temos a ameaça da demissão, e por isso a greve é importante, pra lutar pelo emprego e pelas outras reivindicações.”

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O Sindicato informa: quem aceita ou não proposta são os trabalhadores nas assembleias. Mesmo fórum que decidiu pela greve que vai continuar até os bancos apresentarem proposta digna aos trabalhadores.

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