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Bancários podem entrar em greve a partir desta quinta-feira

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Terminou há pouco a sétima rodada de negociação entre o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) que resultou numa nova proposta: reajuste salarial de 2,85% e participação nos lucros e resultados (PLR) de 80% do salário, mais R$ 823 de parte fixa (os R$ 800 pagos em 2005 corrigidos pelos 2,85% de reajuste proposto), além de um adicional de R$ 750 para os bancários de instituições que tiverem crescimento de 20% do lucro líquido ou mais.

Na primeira proposta, a Fenaban ofereceu reajuste de 2% para as verbas salariais e PLR de 80% do salário, mais R$ 816, acrescidos de R$ 500, para os bancários de instituições que tiverem crescimento de 25% do lucro líquido, ou mais, em relação ao ano passado.

O Comando Nacional dos Bancários está indicando a rejeição da proposta e a realização de assembléias para deliberação de greve por tempo indeterminado. “A Fenaban trouxe à negociação uma proposta que não representa aumento real e manteve uma PLR que não contempla todos os trabalhadores e nem representa uma distribuição mais justa do crescimento do lucro do setor, ou seja, as reivindicações da categoria não foram atendidas”, afirma o presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Luiz Cláudio Marcolino.

Amanhã (4/10), a partir das 19h, os trabalhadores fazem assembléia em São Paulo na Quadra dos Bancários (rua Tabatingüera, 192, Sé) para deliberar sobre a paralisação por tempo indeterminado que deve acontecer a partir quinta-feira (5/10).

A minuta dos bancários foi entregue no dia 10 agosto, quando aconteceu a primeira rodada e foram apresentadas as cláusulas prioritárias. Outras rodadas aconteceram nos dias 21 e 29 de agosto, 15, 19 e 27 de setembro. No Brasil há pouco mais de 400 mil bancários, 106 mil deles atuam na base do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região. A data-base é 1º de setembro.

Reivindicações – A categoria reivindica aumento real de salários de 7,05%, além da reposição da inflação, e participação maior nos lucros e resultados – de 5% do lucro líquido linear, mais um salário bruto acrescido de R$ 1.500. No ano passado, os bancários receberam reajuste de 6% (1% de aumento real), mais R$ 1.700 de abono e PLR mínima de 80% do salário mais R$ 800, após seis dias de greve no mês de outubro.

Além das cláusulas econômicas, os trabalhadores querem o fim do assédio moral e das metas abusivas; a isonomia de direitos entre trabalhadores aposentados, afastados e de bancos que sofreram fusões; a manutenção do emprego – por meio da proibição de dispensas imotivadas e da ampliação do horário de atendimento com dois turnos de trabalho – e a redução dos juros e das tarifas.

Também são consideradas prioritárias as cláusulas que reivindicam 14º salário; plano de cargos e salários para todos os trabalhadores; regramento da remuneração variável; aumento na gratificação de caixa; vale-alimentação de R$ 300; auxílio creche/babá de um salário mínimo; auxílio-educação para todos os funcionários; fim da terceirização de serviços; criação de comissão de segurança bancária; isenção de tarifas para todos os bancários; delegados sindicais em todos os bancos; programa de reabilitação profissional.
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