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Haddad assume compromisso com os trabalhadores de não privatizar a Eletrobras

Linha fina
Em carta endereçada aos eletricitários, candidato se comprometeu a suspender política de privatização da Eletrobras, que resultaria em tarifas mais caras ao consumidor
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Foto: Divulgação/Eletrobras

Em carta encaminhada aos trabalhadores e trabalhadoras do Sistema Eletrobras, o candidato à presidência da República, Fernando Haddad (PT), assumiu o compromisso público de que irá suspender não apenas a política de privatização da Eletrobras, mas de todas as empresas públicas estratégicas para o desenvolvimento nacional, bem como a venda de terras, água e recursos naturais.

“Reafirmo nosso compromisso de investir na modernização do sistema elétrico existente, com incorporação de novas tecnologias com vistas a aumentar a eficiência energética em nosso país e promover uma mudança na matriz energética rumo a uma economia de baixo carbono”, diz trecho da carta.

Segundo Haddad, se eleito, a Eletrobras irá retomar o seu papel estratégico no sistema energético brasileiro, contribuindo, dessa forma, para garantir a expansão da geração e transmissão de energia no país. “Por isso, reafirmo meu compromisso com seu fortalecimento, com a melhora permanente de seus mecanismos internos de gestão, transparência e controle social, bem como com políticas de valorização de todo o corpo de funcionários da Empresa”.

“Ao contrário do que defende nosso adversário neste segundo turno, não iremos privatizar a Eletrobras”.

Privatização deixaria conta de luz mais cara

Uma possível privatização do setor de energia resultaria em aumento das tarifas para o consumidor. Foi o que ocorreu em países que venderam suas estatais de energia como Portugal, onde a conta de luz (entre 2010 e 2015) subiu 44,3% para as famílias. E foi o que ocorreu com o início do processo de venda do setor elétrico no Brasil, a partir de 1995, no governo neoliberal de FHC. As estatais foram incluídas no Programa Nacional de Desestatização, com vendas principalmente no segmento de distribuição. Os resultados foram: aumento significativo das tarifas (751% entre 1995 e 2015), piora dos serviços prestados e das condições de trabalho. Em 2001, o Brasil enfrentou um apagão e o maior racionamento energético da história mundial em tempos de paz.

Com a privatização da Eletrobras, o Brasil deixaria em mãos estrangeiras um setor estratégico para a economia. Assim, o país iria na contramão do que têm feito economias fortes, que ampliam o serviço público de energia e barram investimentos estrangeiros. Em 2016, Austrália, EUA e Alemanha impediram investimentos chineses de US$ 38,9 bi no setor, alegando questões de segurança nacional.

Além disso, se o setor energético segue a lógica do mercado, esse serviço básico não chegará a comunidades carentes do país, contribuindo para o agravamento das desigualdades sociais.
 

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