Pular para o conteúdo principal

Original e PicPay Bank confirmam transferência em massa. Sindicato estuda medidas judiciais

Imagem Destaque
Ícones de pessoas, em fundo verde, com uma seta remetendo a transferências

Na última quinta-feira, 5 de outubro, o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas do Ramo Financeiro de São Paulo, Osasco e Região esteve reunido com representantes do Banco Original/PicPay Bank para esclarecimentos sobre a recente transferência de trabalhadores das instituições para outras empresas do grupo, excluindo-os da categoria bancária.

O banco confirmou que realizou, em setembro, a transferência de 75 trabalhadores, e afirmou que a intenção é chegar até ao menos 500 transferências. O banco alega que pretende fazer as transferências "com calma", preservando os empregos.

Uma vez que a transferência foi feita para uma empresa financeira do Grupo PicPay, o Sindicato insistiu que representa estes trabalhadores. Porém, o banco não possui o mesmo entendimento, recusando-se a aplicar aos transferidos a Convenção Coletiva de Trabalho da categoria bancária, acarretando em prejuízos remuneratórios e corte de direitos aos empregados afetados.

Diante do posicionamento do banco na reunião, e da impossibilidade de uma solução através da via negocial, o Sindicato estuda medidas jurídicas para defender os direitos dos trabalhadores transferidos.

"Embora o banco alegue que incorporou o valor do VR ao salário, os trabalhadores obviamente estão muito insatisfeitos e procuraram o Sindicato. Eles já sentem os primeiros prejuízos da transferência, como é o caso do percentual de desconto do vale-transporte, e sabem que estão perdendo direitos como a 13ª cesta alimentação, PLR, auxílio-creche, entre tantos outros. Já vimos outras vezes esta estratégia de transferir trabalhadores para empresas do mesmo grupo com a intenção de excluí-los da categoria bancária, com claros prejuízos tanto remuneratórios, como nos demais direitos", diz a secretária-geral do Sindicato, Lucimara Malaquias.

"O Sindicato estuda as medidas jurídicas cabíveis para defender os direitos destes trabalhadores transferidos, uma vez que o banco não abriu a possibilidade de negociação. Não abriremos mão de lutar na defesa dos justos interesses dos trabalhadores do Original e PicPay", acrescenta Lucimara.

Mesmo local, mesmo sistema, categorias e direitos diferentes

Essa movimentação é tão confusa que no, mesmo local de trabalho, existem empregados do Banco Original, do PicPayBank e de outras empresas do grupo, todos acessando o mesmo sistema, fazendo transações financeiras, e com direitos diferentes e de categorias distintas, o que causa muito desconforto, Um exemplo foi a PLR paga aos empregados do PicPay Bank, que teve lucro no semestre, e o Banco Original não.

"Embora o grupo alegue que essa transferência é uma questão de reestruturação dos negócios e que não resultaria em vantagens econômicas à empresa, não sendo essa a intenção, questionamos o que então estaria por trás destas movimentações do PicPay? E por que então não manter esses trabalhadores como bancários, com todos os direitos?", questiona Marcelo Gonçalves, dirigente do Sindicato, acrescentando ainda que, com certeza, essa manobra vai deixar os empregados desmotivados, em busca de melhores condições em outros bancos.

Denuncie

O Sindicato orienta que os trabalhadores do Original e PicPay Bank continuem a procurar a entidade para denunciar os prejuízos acarretados pela transferência. O sigilo é garantido.

O bancário pode entrar em contato com o Sindicato por meio da Central de Atendimento remota, por chate-mail e WhatsApp, ou ainda pelo telefone 3188-5200.

seja socio