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Bancários do Santander Banespa continuam em protesto

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Os bancários de 12 agências do Grupo Santander Banespa do Centro da cidade de São Paulo retardaram o início das atividades hoje (7) até as 11h. Em um dos locais, onde funciona o suporte a agências e o telemarketing, na rua Bráulio Gomes, a Polícia Militar foi chamada, houve tumulto e dois funcionários do Grupo foram presos: Eduardo Rondino, que é dirigente da Associação de Funcionários do Banespa (Afubesp) e da Fetec/SP (federação dos bancários), e Rafael Pinto, bancário aposentado. Os bancários foram levados ao 3º DP, mas já foram liberados.

O protesto acontece diante da ameaça de demissões em massa que podem atingir entre dois mil e quatro mil funcionários após a unificação da plataforma de sistemas que permitirá a comunicação direta entre todos os bancos do grupo. A integração possibilitará a fusão de agências e departamentos e pode gerar demissões de 10% a 20% dos quadros de funcionários, segundo declarações do presidente da empresa, Gabriel Jaramillo, à imprensa.

A direção do banco não responde às solicitações de negociação feitas pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região. A entidade quer renovar o acordo de garantia de emprego dos funcionários do Banespa que expirou em 30 de novembro. Em setembro, o Sindicato entregou à direção do banco pauta de reivindicações em que consta a garantia de emprego para todos os empregados do Grupo Santander Banespa, a unificação dos contratos e questões sobre saúde e condições de trabalho.

Os bancários prometem manter a mobilização até que o banco negocie com os trabalhadores. “Há centenas de funcionários prestes a entrar no período de pré-aposentadoria e, com certeza, estão na mira do banco. Ou seja, se perderem os empregos, milhares de famílias estarão em dificuldades devido à irresponsabilidade de um banco que só acumula bons resultados no Brasil”, afirma a funcionária do Banespa e diretora do Sindicato, Rita Berlofa. “E o banco não precisa demitir. Apesar do lucro de R$ 1,297 bilhões acumulado até setembro deste ano, todos os locais de trabalho sofrem com a carência de funcionários”, completa a dirigente.

O presidente do Sindicato, Luiz Cláudio Marcolino, concorda. “Este é um dos locais em que o banco alcança seus melhores resultados. Prova disso, é a manutenção da marca Banespa à bandeira do grupo. Se demitirem, estarão dando mostras do desrespeito que têm pelo Brasil.”

Dados – Do total de funcionários distribuídos entre os quatro bancos que compõem o Grupo Santander Banespa, 15.410 são do Banespa, 5.213 do Santander Brasil, 1.617 do Santander Meridional e 565 do Santander S/A. O Banespa foi privatizado e comprado pelo Santander em novembro de 2000, após seis anos de luta do Sindicato e outras entidades contra a privatização do Banco do Estado de São Paulo.
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