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Professores acorrentados contra descaso de Alckmin

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Categoria mantém luta por melhores condições de trabalho e reajuste salarial. Greve passa de 80 dias. Governo Alckmin se nega a apresentar proposta e negociar
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São Paulo – Professores do ensino estadual de São Paulo acorrentaram-se na segunda 1º às grades da Secretária Estadual de Educação, na Praça da República, centro da capital, em protesto contra a recusa do governo Alckmin em negociar a pauta de reivindicação da categoria. A greve entra no seu 81º dia, e já é considerada uma das mais longas da história.

Seis professores que estão acorrentados prometem permanecer por tempo indeterminado, ou até que o governo estadual demonstre a intenção de negociar.

José Bonfim, de 55 anos, professor de história na rede estadual há 23 anos, espera que "os acorrentados sensibilizem o governador e faça com que ele dê alguma resposta quanto ao reajuste".

Cristina Ponce, de 52 anos, professora da rede há 20 anos, veio de Tupã, no interior do estado, para participar do protesto, que classifica como uma "medida desesperada".

A categoria reivindica equiparação do salário dos docentes ao das demais categorias que exigem formação superior, com base na chamada Lei do Piso, o que representa uma defasagem de 75,33% nos salários e que está sendo reivindicada na atual campanha, além da reabertura de classes fechadas, da regularização dos professores temporários e da realização de novos concursos.

Até o final da manhã de segunda 1º, o governo resiste em apresentar um percentual de reajuste dos salários, e diz que tal negociação acontecerá apenas em julho, buscando enfraquecer o movimento.


Rede Brasil Atual - 1º/6/2015
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