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Bradesco demite quatro de agência denunciada

Linha fina
Sindicato paralisa atividades contra arbitrariedade e cobra esclarecimentos; unidade no Shopping Jardim Sul já foi alvo de reclamações por assédio moral
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Redação Spbancarios
17/1/2017


São Paulo – O Bradesco, por meio de uma atitude injustificável por parte de um gerente regional, demitiu quatro bancários de uma agência localizada no Shopping Jardim Sul, na capital paulista. A unidade era alvo de denúncias de assédio moral e recentemente o problema foi levado ao conhecimento do banco em reunião com dirigentes sindicais. O Sindicato aguardava apuração do caso pelo Bradesco, mas antes mesmo de qualquer posicionamento, metade dos funcionários do local foi demitida sem que justificativas fossem apresentadas. Para denunciar as demissões arbitrárias, o Sindicato paralisou a agência durante toda segunda-feira 16, que segue fechada na terça-feira 17.

“É um absurdo demitir metade dos trabalhadores de uma agência, dessa forma bruta, sem apresentar qualquer justificativa. Uma das funcionárias chegou a passar mal e teve de ser encaminhada ao hospital. Tudo leva a crer que foi uma retaliação por conta das denúncias de assédio. Como o denunciante nunca é identificado, cortaram metade dos bancários para desencorajar novas reclamações. Isso torna o caso extremamente grave”, relata a dirigente sindical e funcionária do Bradesco Fernanda Reis.

Para repor o quadro da agência, três funcionários foram emprestados de outras unidades em caráter provisório. “Essa é outra consequência de demitir arbitrariamente. É preciso repor o quadro e, para isso, bancários de outras unidades ficam sobrecarregados e o atendimento precarizado”, critica a dirigente.

O Sindicato cobra do banco esclarecimentos e providências para que situações como essa não se repitam. E caso não haja nenhuma justificativa plausível para as demissões, também será reivindicada a reintegração dos trabalhadores. "Os bancários não podem ser intimidados. A única forma de evitar denúncias é proporcionar condições de trabalho adequadas, sem assédio moral", conclui Fernanda. 
 
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