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Sete presentes para a cidade de São Paulo

Linha fina
A capital paulista mudou muito nos últimos anos, tornou-se uma metrópole mais aberta e humana, mas é preciso barrar retrocessos para continuar avançando
Imagem Destaque
Redação Spbancarios
23/1/2017


São Paulo – A capital paulista mudou muito nos últimos anos. Com políticas públicas progressistas e inclusivas, muitas premiadas internacionalmente, a cidade está mais humanizada e se tornou um lugar um pouco mais acolhedor e aberto para a população. Entretanto, é necessário barrar retrocessos e continuar avançando rumo a uma metrópole cada vez mais humana.

Assim nesse aniversário de 463 anos de Sampa, listamos sete presentes fundamentais para a cidade e seus moradores.

Também separamos dicas de baladas e de passeios pouco convencionais que a capital oferece aos paulistanos.

Despoluição dos rios
Um dos melhores presentes que São Paulo poderia receber seria a despoluição dos rios Tietê, Pinheiros e Tamanduateí. Caso fosse uma realidade, a cidade ganharia imensas áreas de lazer que cruzariam a cidade de norte a sul e de leste a oeste.

Esse sonho, entretanto, ainda está longe de ser uma realidade e depende de investimentos na despoluição dos cursos de água que transcendem as fronteiras do município, além da universalização da coleta e tratamento de esgoto na região metropolitana da capital.

De acordo com a Sabesp, o índice de tratamento de esgoto na área que compreende 39 municípios é de 87% (2015).

Para além do campo do lazer e do meio ambiente, o investimento em tratamento de esgoto impacta no aumento da renda da população. Um estudo do Instituto Trata Brasil – ONG que luta pela universalização do saneamento básico no país aponta que a renda do trabalhador é 5,4% maior quando ele mora em área com coleta de esgoto e 2,1% maior em local com água tratada, somando um aumento médio na remuneração de 7,5%.

Uma cidade cada vez mais aberta
São Paulo não é dos carros, é das pessoas. Iniciativas que incentivam a ocupação do espaço público tornam as ruas mais seguras e despertam o sentimento de pertencimento e cuidado pela população. Um dos exemplos mais bem-sucedidos destas políticas é a Virada Cultural, promovida pela prefeitura com sucesso desde 2005 e que agora, com a nova gestão municipal, corre o risco de ser segregada a espaços fechados, distantes do centro da capital paulista.

Mais diversidade e inclusão, menos preconceito e intolerância
A capital paulista é considerada a 14ª cidade mais globalizada do planeta. Recebe pessoas de todo Brasil e do mundo. Nela convivem todas as cores, sotaques e culturas. Em uma metrópole como São Paulo não pode existir espaço para preconceito de qualquer espécie. Em 2016, por conta de iniciativas como o programa Transcidadania (foto), a cidade foi incluída na lista do grupo Rainbow Cities, que reúne e promove o intercâmbio de ideias entre municípios que possuem políticas voltadas para a população LGBT.

Mais mobilidade urbana
Nos últimos anos, São Paulo viu uma grande mudança na lógica que rege as políticas de mobilidade urbana. Ganharam espaço ciclovias e o transporte coletivo foi priorizado. Vias também tiveram sua velocidade máxima reduzida, o que resultou na redução no número de mortes no trânsito. Em 2016, a capital paulista teve uma redução de 15,1% no número de vítimas fatais em acidentes. No caso das marginais Tietê e Pinheiros, desde que os limites foram reduzidos em julho de 2015, não foi registrada nenhuma morte por atropelamento nas vias. Essas políticas levaram a capital paulista a ser premiada, em 2015, na 10ª edição do Sustainable Transportation Award (STA), prêmio internacional de transporte sustentável.

Ampliação do metrô
Os moradores de São Paulo e região metropolitana precisam de um sistema de transporte sobre trilhos amplo e eficiente. Em São Paulo, o metrô cresce em média 1,91 km por ano desde 1974, quando foi inaugurado. Neste ritmo, a rede – que novamente teve a sua ampliação paralisada pelo governo do Estado, alvo de denúncias de cobrança de propinas e superfaturamento – precisaria de mais 172 anos para chegar ao atual patamar de cobertura do metrô de Londres.

Arte por todos os lados e para todos
São Paulo merece continuar se destacando pela criatividade e talento dos artistas que promovem intervenções urbanas em ruas, calçadas, praças e viadutos. Aprisionar a arte de rua em locais pré-determinados asfixia o caráter subversivo, político e livre destas manifestações. Com o lançamento do programa “Cidade Linda”, uma iniciativa do prefeito João Dória (PSDB), diversas obras estão sendo pintadas de cinza. Um exemplo deste retrocesso é o corredor da Avenida 23 de Maio, no qual foram apagadas a maior parte das obras. Permaneceram apenas nove grafites selecionados pelo poder público municipal. O local era considerado o maior mural de grafites da América Latina.

Uma cidade sustentável
A população de São Paulo merece mais verde, saúde e qualidade de vida. Conhecida pelo cinza do concreto, a capital paulista ganhou iniciativas que pretendem mudar um pouco essa percepção como, por exemplo, os jardins verticais do Minhocão. Outra iniciativa, agraciada com o prêmio Mayors Challenge 2016, é o projeto Ligue os Pontos, uma plataforma digital que conecta produtores, distribuidores e consumidores envolvidos na cadeia de agricultura familiar de Parelheiros.
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