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BB insiste em prática antissindical

Linha fina
Direção do banco força assinatura de documento que disciplina reposição de horas da greve
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São Paulo – Os funcionários do Banco do Brasil entraram em contato com o Sindicato denunciando mais prática antissindical do Banco do Brasil na compensação das horas de greve da campanha nacional dos bancários de 2012. Dirigentes sindicais apuraram que os trabalhadores estão sendo forçados a assinar um documento, não previsto no acordo coletivo, que disciplina a reposição das horas. No caso de recusa, a direção do BB está forçando os gerentes a registrar o fato no documento, com o objetivo de punir os empregados.

O acordo de compensação de horas assinado entre Sindicato e banco foi aprovado em assembleia pelos trabalhadores. “Esse acordo é fruto da correlação de forças entre bancos e bancários, assim como os avanços da campanha, que não viriam se não houvesse mobilização e intensa negociação que consumiram esforço de sindicatos de todo o país e horas de busca de entendimento que avançaram madrugada adentro. O banco está tentando individualizar uma relação coletiva e a assinatura desse documento não é maior que o acordo”, afirma o Ernesto Izumi, diretor executivo do Sindicato.

O dirigente reforça que a assinatura do documento é irrelevante e os trabalhadores não estão se recusando e vão continuar a repor as horas, mas exigem a não punição aos lutadores, o não desconto dos dias e o respeito à necessidade dos serviços e a disponibilidade do empregado.

“O acordo é o mesmo do ano passado e vale para todos os bancários. Se é o mesmo, o que mudou é a postura do banco que busca ampliar o conflito com o movimento dos trabalhadores e sua postura antissindical, o que somente prejudica as relações internas, os funcionários e a própria empresa”, destaca Ernesto. “O ideal é tudo voltar ao normal e ter bom senso, mas a diretoria do BB não quer entender e adota postura diferente dos demais bancos, prolongando o conflito da greve.  Propagandeia que tem responsabilidade socioambiental, mas persegue os manifestantes. A atual direção do banco é retrógrada, quer voltar à ditadura e não prioriza a gestão participativa. O BB já foi denunciado no MPT e na Justiça por suas práticas e vamos continuar denunciando essa diretoria que só tem compromisso em demonstrar números bonitos, mas que escondem práticas antissindicais e ferem direitos do consumidor com vendas casadas, implantação de pacote de tarifas sem solicitação do cliente, assédio moral e toma medidas que ameçam o banco público.”

O Sindicato e a Contraf-CUT tomaram medidas jurídicas e as manifestações dos funcionários contra a prática antissindical vão continuar. “Os não grevistas devem demonstrar solidariedade com os demais colegas que lutaram e conquistaram avanços para todos e participar das manifestações que forem chamadas pelo Sindicato”, completa Ernesto.


Redação - 22/11/2012

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