São Paulo - Além de lutar pelos direitos da categoria, o Sindicato atua na defesa da cidadania e por uma sociedade mais justa e igualitária. Foi dessa frente de batalha que nasceu, em dezembro de 1995, a Fundação Projeto Travessia, braço social da entidade que realiza um trabalho de reintegração de crianças e adolescentes em situação de rua no centro da cidade.
“Nesses quase 18 anos, a Fundação desenvolveu cerca de 30 projetos que atingiram um público de aproximadamente 13.700 pessoas, entre crianças, jovens e seus familiares”, diz a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira, que também preside o Travessia.
Educação de rua – A primeira etapa desse trabalho são as ações desenvolvidas pelo Programa de Educação de Rua (PER). “Por meio das atividades lúdicas realizadas diariamente nas ruas, a equipe de educadores do Travessia aos poucos cria vínculos e con quista a confiança das crianças. É da confiança que se estabelece entre a criança e o educador que partem as demais ações do projeto, pois é assim que descobrimos algum parente, entramos em contato e procuramos reintegrar essa criança à família”, explica um dos coordenadores do projeto, Marcelo Caran.
A partir daí, segundo Caran, o leque de atuação do Travessia se amplia. “As atividades na rua nos levam às famílias e bairros de origem das crianças e adolescentes, e passamos a realizar projetos complementares nas comunidades, que têm caráter preventivo, ou seja, que visa construir alternativas para evitar que outras crianças troquem suas casas pelas ruas da cidade.” Um desses projetos atende cerca de 100 meninos e meninas entre 8 e 18 anos da escola E.M.E.F. Armando Crydei Righetti do bairro do Itaim Paulista.
“Além disso, normalmente do contato com a família surgem outras demandas como de saúde, educação, habitação. Necessida des que procuramos encaminhar para a rede pública disponível”, acrescenta. Dessa forma, calcula o coordenador, cada criança do Travessia gera pelo menos outros cinco atendimentos.
Contribua com o projeto – O Travessia se mantém por meio de convênios com empresas públicas e privadas e com doações. Este ano, os bancários e bancárias poderão contribuir com esse trabalho, que já fez grande diferença na vida de muitas famílias. A categoria poderá doar parte ou a totalidade do imposto sindical que a entidade devolve aos trabalhadores cadastrados.
Imposto sindical - Criado por Getúlio Vargas, o imposto sindical é compulsório e corresponde a um dia de jornada do trabalhador (3,33% do salário), descontado no holerite de março. Desse tributo obrigatório, 10% vai para o Ministério do Trabalho e Emprego; 10% para as centrais sindicais; 5% para a confederação nacional; 15% para as federações estaduais e 60% para os sindicatos.
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Por ser contrário a esse imposto, o Sindicato devolve os 60% que lhe cabem por lei. É essa parcela que o bancário poderá doar, total ou parcialmente, ao Projeto Travessia, que resgata a cidadania de crianças e adolescentes da maior metrópole do país. Contribua com esse trabalho!
Prazo – O bancário com cadastro ativo no Sindicato pode solicitar a devolução pelo site. Este ano, a solicitação poderá ser feita a partir das 8h do dia 19 de junho até as 18h do dia 28 de junho. No mesmo período, funcionará central de atendimento exclusiva pelo 3188-5225, das 8h às 22h nos dias úteis – com exceção do dia 28 que é até às 18h – e no sábado 22 e domingo 23, das 8h às 18h. Se o bancário com cadastro preferir, poderá comparecer à Central de Atendimento Pessoal (Rua São Bento, 413, Centro), de segunda a sexta, das 8h às 20h.
Andréa Ponte Souza - 13/6/2013
