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Categoria questiona o que gera tanto adoecimento

Linha fina
Em mesa de negociação com os bancos, trabalhadores vão cobrar dos bancos mudança na rotina de cobrança por metas que só servem ao lucro, sem levar em conta o limite do ser humano
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São Paulo - As condições de trabalho nos bancos, piores a cada ano, estão entre as principais preocupações dos bancários. As metas sempre mais abusivas, impostas pelo modo de gestão dessas instituições, agora são diárias, mudam de acordo com objetivos pouco claros da empresa. O resultado é uma legião de adoecidos em função do ritmo estressante de trabalho.

“Os bancos têm de explicar porque esse setor gera tanto adoecimento: prejuízo pessoal para os bancários e para toda a sociedade. Vamos cobrar medidas para resolver isso”, afirma a secretária de Saúde do Sindicato, Marta Soares. “É inadmissível lucrarem tanto, mas devolverem ao país milhares de trabalhadores doentes, muitos incapacitados para o trabalho pelo resto da vida.”

Metas – Para mudar esse absurdo quadro, o Comando Nacional dos Bancários vai exigir dos bancos, nas rodadas de negociação desta quinta e sexta-feira, o fim das metas diárias ou mensais. A proposta é que sejam semestrais com acompanhamento mensal, coletivas (não individuais) e estabelecidas com os trabalhadores. Também será cobrado respeito à cláusula conquistada em 2011 e que prevê a proibição da publicação de listas (os “rankings”) de performances no cumprimento de metas, usadas para pressionar e assediar os bancários.

Assédio - A conquista do instrumento de combate ao assédio moral (de 2010) precisa ser aprimorada e os bancários querem que os bancos reduzam de até 60 dias para até 30 dias o prazo de apuração das denúncias apresentadas pelos sindicatos. Também reivindicam treinamento para os trabalhadores no combate ao assédio moral e solução para a questão das metas que são as geradoras do assédio.

Mais - Os representantes dos bancários vão cobrar, entre outros pontos, plano de saúde para os aposentados, a efetiva implantação dos programas de reabilitação, e que os afastados por doença recebam, além da complementação salarial, os valores referentes aos vales e também à PLR


Redação - 8/8/2013

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