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O que muda com reatamento Cuba-EUA

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Apesar de embargo continuar, retomada das relações diplomáticas resultará em mudanças econômicas e turísticas
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São Paulo – Ainda que o embargo econômico imposto unilateralmente pelos Estados Unidos contra Cuba esteja longe de ser revogado, a aproximação histórica entre EUA e Cuba, anunciada na quarta-feira 17 pelos presidentes dos dois países, resultará em mudanças importantes no setor diplomático entre ambas as nações – rompidas entre si desde janeiro de 1961. E trará consequências práticas para a economia dos dois países.

Entre essas mudanças estão a abertura de uma embaixada estadunidense em Havana  e a permissão para que cidadãos norte-americanos comprem rum e charutos cubanos em maior quantidade. Confira outras mudanças.

Diplomacia
• secretário de Estado norte-americano, John Kerry, foi instruído para retomar imediatamente os diálogos com Cuba para reatar relações diplomáticas, interrompidas em janeiro de 1961;
• reabrir embaixada norte-americana em Havana para "trocas de alto nível";
• manter diálogos com Cuba sobre: imigração, direitos humanos, combate às drogas;
• EUA participarão da reunião da Cúpula das Américas em 2015, evento diplomático da OEA (Organização dos Estados Americanos) para o qual Cuba recebeu convite expresso do Panamá; e,
• EUA revisarão inclusão de Cuba na lista de países que promovem terrorismo, status que a ilha acumula desde 1982.

Viagens
• flexibilização das restrições a viagens entre os países: mais vistos serão disponibilizados a famílias, funcionários de governos, jornalistas, pesquisadores, grupos religiosos, ativistas humanitários e outros.

Economia
• mudanças nas políticas econômicas dos departamentos do Tesouro e Comércio com relação a Cuba;
• a permissão para o envio trimestral de remessas financeiras de indivíduos nos EUA para Cuba serão ampliadas de US$ 500 para US$ 2 mil;
• mais produtos dos EUA receberão autorização para serem exportados para Cuba, como material de construção civil e equipamentos de agricultura;
• cidadãos norte-americanos poderão obter licença para importar bens no valor de até US$ 400, mas não mais do que US$ 100 em bebidas alcóolicas e tabaco;
• empresas dos EUA terão permissão para abrir contas em instituições financeiras cubanas;
• cartões de crédito e débito de bandeiras norte-americanas poderão ser usados por estrangeiros em Cuba; e,
• empresas de telecomunicação e internet dos EUA deverão ter mais liberdade para operar na ilha e poderão construir estruturas para intercambiar informação entre Cuba e EUA.


Rede Brasil Atual – 19/12/2014
 
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