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Relações compartilhadas: vital para sociedade

Linha fina
Sindicato lança cartilha sobre o tema durante seminário; programação continua no mês de março
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São Paulo – O Sindicato fechou com chave de ouro a primeira semana de comemorações, protestos e debates pelo Dia Internacional da Mulher, com o lançamento da cartilha Para um mundo melhor, relações compartilhadas e um seminário com a professora Paula Loureiro.

> Leia a íntegra da cartilha lançada no seminário

O debate, realizado na manhã da sexta-feira 9, na sede da entidade, abordou a realidade das mulheres em casa e no mercado de trabalho. A palestrante fez citações sobre o assunto a partir das ideias de Alexandra Kollontai, uma das primeiras mulheres feministas marxistas da história, conhecida por ser a primeira no mundo a ocupar cargo no alto escalão de um governo, na Rússia, após a Revolução Proletária de 1917. Também ficou conhecida por suas ideias no campo da moral sexual, bem como por sua participação como líder da Oposição Operária.

> Fotos: galeria com imagens do seminário
> Vídeo: veja como foi a mobilização do dia 8

Para Paula Loureiro, as ideias de Kollontai têm forte ligação com o tema relações compartilhadas, que para ela representa a raiz do problema da desigualdade entre homens e mulheres e deve ser discutido por toda a sociedade. “Entregar uma cartilha sobre esse assunto aos trabalhadores significa dar a mão, ajudar a esclarecer, tornar o assunto público”, disse a professora. “É uma semente, plantada agora, que vai crescer e o futuro nos mostrará o resultado desse debate.”

A troca de ideias ganhou ainda mais força com a participação de dirigentes sindicais bancários. A luta é por igualdade, e a participação de homens e mulheres para discutir o tema é essencial. Segundo a palestrante, as pessoas evitam discutir relações compartilhadas por conta de o assunto mexer com valores antigos, com a educação muitas vezes conservadora e machista, em que homem e mulher têm seu lugar na família e atividade específicas para cada um: elas nas tarefas e na criação dos filhos e eles como provedores, no mercado de trabalho.

Direito – Um dos pontos do seminário foi sobre a avaliação que deve ser feita sobre os direitos das mulheres no campo legislativo. “Não acredito que tudo o que conquistamos no plano concreto será formalizado no campo legislativo. No entanto, sem dúvidas devemos usar o Direito para tentar fazer alterações pela igualdade, sem reforçar a condição de opressão da mulher”, comentou Paula.

Programação continua – Durante o mês de março, uma série de reportagens serão publicadas na Folha Bancária e no site sobre a mulher na sociedade. No dia 21, será realizado o seminário Mulher e Mídia, Controle Social Comparado, com a psicóloga Rachel Moreno.

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Gisele Coutinho – 9/3/2012

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