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Censo da Diversidade começa a sair do papel

Linha fina
Durante primeira mesa temática de 2013 sobre igualdade de oportunidades, bancários e Fenaban discutiram calendário de trabalho
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São Paulo – A primeira mesa temática de 2013 sobre igualdade de oportunidades, entre representantes da federação dos bancos (Fenaban) e dos trabalhadores, retomou as discussões sobre o 2º Censo da Diversidade, que começará a ser executado em 2014.

Conquista da Campanha Nacional de 2012, o Censo da Diversidade será aplicado junto à categoria com o objetivo de atualizar os dados sobre gênero, raça, pessoas com deficiência e – uma novidade dessa segunda pesquisa – orientação sexual. Tanto a elaboração quanto a aplicação dos questionários e posterior análise dos dados será feita com a participação movimento sindical, contando com representantes do Sindicato, Contraf-CUT, federações e sindicatos de outras bases de atuação.

A reunião, na quarta-feira 27, deu início ao planejamento do Censo. Bancários e Fenaban começaram a discutir o calendário reuniões dos grupos de trabalho que comporão a construção do levantamento. A ideia é que os grupos iniciem o trabalho ainda neste semestre.

Além disso, a Fenaban se comprometeu a melhorar as informações sobre permanência no emprego e progressão profissional dos trabalhadores.

O calendário de preparação do 2º Censo, que deve se estender até novembro deste ano, com previsão para ser aplicado na categoria a partir de março de 2014.

Exclusão – Apesar da conquista que foi a participação dos bancários no processo, o Censo não contemplará todas as demandas da categoria. A Fenaban, por exemplo, não aceitou estender a pesquisa a todos os que trabalham nos bancos, o que incluiria terceirizados, estagiários e jovens aprendizes. E também se recusou a fazer a diferenciação entre bancos públicos e privados.

PCDs – As condições de trabalho das pessoas com deficiência (PCDs) também foram discutidas durante a mesa temática. Os representantes da categoria reivindicaram abono de faltas a esses trabalhadores quando eles tiverem de fazer manutenção de próteses, órteses, cadeiras, óculos etc, que são essenciais à mobilidade deles.

Também foram reivindicadas mais contratações de pessoas com deficiência e adaptação do ambiente de trabalho às suas necessidades, conforme determina a Norma Regulamentadora 17 (NR-17), do Ministério do Trabalho e Emprego.

Os trabalhadores reivindicaram ainda a participação de representantes dos PCDs na elaboração e implementação dos programas de qualificação e capacitação desses funcionários; e que todos os bancos subsidiem a compra de componentes artificiais e dispositivos externos, segundo as necessidades dos trabalhadores com deficiência.

A Fenaban ficou de avaliar as demandas e apresentar uma resposta na próxima mesa temática do ano, em data ainda a ser definida.

Outras mesas – As mesas temáticas são uma conquista da categoria. Nelas, os trabalhadores aprofundam as negociações com os bancos sobre temas específicos. A primeira rodada de mesas temáticas deste ano teve início com a reunião sobre segurança bancária, na terça 26. Nesta quinta 28, acontece a mesa temática de saúde. A sobre combate ao assédio moral, que também seria na quarta 27, foi desmarcada e ainda não tem nova data definida.

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Redação, com informações da Contraf-CUT - 28/3/2013

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