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Chapéu
Luta

Caixa: “heróis de crachá” não merecem PLR?

Linha fina
Após movimento sindical descobrir pagamento menor da PLR Social e cobrar acerto, banco divulgou tabela na tentativa de justificar o desrespeito ao Acordo Coletivo de Trabalho; Sindicato e demais entidades representativas já programam ações para cobrar o pagamento correto aos empregados. Mobilize-se!
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Montagem: Linton Publio/Seeb-SP

A direção da Caixa protagonizou nesta semana um verdadeiro malabarismo ao tentar justificar, sem responder às entidades sindicais, o pagamento menor da PLR aos empregados.

Só após a apuração do movimento sindical de que a distribuição linear da PLR Social foi calculada com base em  3% do lucro líquido - e não 4%, como determina o Acordo Coletivo de Trabalho desde 2010 - e cobrar o acerto devido aos trabalhadores, além da discriminação dos valores (PLR Fenaban e PLR Social), como ocorria até o ano passado, a Vipes publicou na intranet uma tabela de indicadores - formulada em fevereiro de 2020 e totalmente desconhecida pelos empregados e sua representação - alegando que o banco não atingiu integralmente seus objetivos e que, desta forma, o pagamento da PLR Social teria de ser reduzido. 

> Em ano de pandemia, Caixa paga menos PLR Social 

“Nos espanta a desfaçatez da direção da Caixa, na pessoa do presidente Pedro Guimarães, ao tentar justificar o pagamento menor da PLR Social em plena pandemia, na surdina, quando os empregados arriscaram a própria saúde, enfrentando filas absurdas, consequência da desorganização do governo federal e da direção do banco, para pagar o auxílio-emergencial para milhões de brasileiros”, critica o diretor do Sindicato e empregado da Caixa, Dionísio Reis. 

“Todos os bancos tiveram redução da lucratividade. E a Caixa, que inclusive teve o orçamento revisto por conta da pandemia e ficou três meses sem cobrar metas, foi o único banco que pagou o auxílio emergencial, assim como é o único banco que opera diversos outros programas sociais. A tabela divulgada, que por si só é um absurdo e teria sido formulada em fevereiro de 2020 - portanto antes da pandemia, da revisão do orçamento do banco e da Campanha Nacional dos Bancários, o que a torna ainda mais defasada -, tem elementos que não possuem qualquer relação com a PLR Social, que visa valorizar o empregado da Caixa justamente pela importantíssima função social do banco público, que deve ter na vida a sua principal prioridade. Estão tentando justificar o injustificável”, enfatiza Dionísio. 

Para o diretor do Sindicato, a manobra da direção da Caixa fica ainda mais evidente pelo fato de que somente após o pagamento da PLR no dia 18, e consequente denúncia e cobrança do movimento sindical, a direção da Caixa tenha divulgado a tabela. “Como pode o alegado regramento do jogo só ser apresentado após o pagamento, depois que pagou menos do que devia?”, questiona. 

Ações

Para ampliar a luta na defesa do cumprimento do acordo com o pagamento dos 4% da PLR Social para os empregados, a CEE/Caixa está definindo um calendário de ações, com duas atividades já programadas, mas que será ampliado. 

Confira abaixo: 

Quarta-feira (31): tuitaço, às 14h. Em defesa da PLR Social e contra o desmando da Caixa, com as seguintes hashtags: 

 #HeroisDeCracha
 #HeroisDeCrachaSemPLRSocial
 #CaixaCadeMinhaPLRSocial
 #PGNaoCumpreAcordo

Quinta-feira (1º de abril): Live, às 19h, sobre a PLR Social e o julgamento pelo TCU, no próximo dia 7 de março, da Ação Civil Pública para a contratação dos aprovados no concurso 2014 da Caixa. 

> Sindicato cobra posição da Caixa sobre decisão de TCU

“É um insulto a Caixa tentar pagar uma PLR Social menor, uma conquista dos empregados duramente mantida na Campanha Nacional dos Bancários de 2020, em plena pandemia. É hábito do presidente do banco e de alguns vice-presidentes chamarem os empregados de heróis de crachá. Palavras que se mostram vazias no momento de reconhecer o empenho dos funcionários. Não somos heróis. Somos trabalhadores que se orgulham muito do trabalho em prol da função social da Caixa, tão fundamental para o país e para os brasileiros. Porém, como trabalhadores, temos direitos. Temos que ter proteção para não adoecermos, respeito e reconhecimento pelo nosso trabalho árduo. Não vamos aceitar que o presidente Pedro Guimarães tente usar recursos que deveriam valorizar os empregados para qualquer outro fim. Já estão programadas mobilizações, que serão intensificadas, com plenárias com os empregados, até que seja feito o acerto devido aos empregados”, conclui o diretor do Sindicato.

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