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Pandemia

Coronavírus: direção da Caixa tenta esconder falhas do governo assediando empregados

Linha fina
Sindicato recebeu denúncias de que, por conta do pagamento do auxílio emergencial, gerentes gerais estão sendo convocados para entrar nas agências às 7h, sem hora para sair, com desrespeito ao rodízio, e que empregados do grupo de risco estão sendo pressionados para retornar as unidades
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Foto: Marcos Corrêa/PR

O Sindicato recebeu graves denúncias de assédio moral contra empregados da Caixa em meio à pandemia de coronavírus. Gerentes gerais estão sendo convocados para chegarem nas agências às 7h, sem previsão de saída. A convocação pede que estes trabalhadores façam uma triagem nas filas e permitam a ocupação das unidades em 50% dos assentis disponíveis. Além disso, os trabalhadores devem tirem fotos de hora em hora para mostrar que não existe fila nas portas das agências e enviar para a Superintendência Executiva de Varejo (SEV).   

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“Eu entendo a nossa importância nesse momento da população, é muito triste ver a miséria e lidar com isso esses dias. Mas, por outro lado, estamos sendo usados como manobra política, correndo risco de vida. As diretrizes de horário, de usar nosso celular como token, de cobrança dos giros da pj estão descumprindo o acordo. Imagina se um GG fizer rodízio? Perde função. E ninguém fala da saúde emocional. Estamos todos lidando com clientes em crise em vários níveis”, relata um bancário da Caixa. 

“A direção da Caixa - que pode ser simbolizada na fala irresponsável e desrespeitosa de Pedro Guimarães sobre atender até o último cliente, ignorando a legislação trabalhista e os direitos dos bancários - passou de todos os limites. Diante da completa falta de planejamento por parte do governo federal para o pagamento do auxílio emergencial, da ausência de comunicação eficiente para a população, a direção da Caixa tenta evitar as imagens das enormes filas, que prejudicam a imagem do governo Bolsonaro, sacrificando os empregados. Para isso, utiliza-se até mesmo de assédio moral como ferramenta de gestão, prática que já é recorrente no banco, mas que neste momento de pandemia torna-se ainda mais cruel e desumana”, critica o diretor do Sindicato e coordenador da CEE/Caixa, Dionísio Reis.

O Sindicato cobra da Caixa, desde o início da pandemia, cobra da direção do banco público melhores condições de trabalho para preservar a saúde e a vida dos empregados e da população que precisa ir até uma agência do banco público. Entre as principais medidas propostas para reduzir as filas estão o atendimento mediante agendamento, com orientações prévias para o usuário; a descentralização do pagamento; e uma grande campanha de esclarecimento sobre os procedimentos corretos para solicitação e pagamento do auxílio emergencial. Entretanto, o banco público não atendeu nenhuma destas reivindicações. 

“Infelizmente, ao invés do governo e da direção da Caixa realizarem o trabalho que lhes cabe, preferem jogar todo o peso da própria irresponsabilidade nas costas dos empregados da Caixa, que estão dando um verdadeiro exemplo de compromisso com a sociedade. Entretanto, não somos voluntários, não somos super-heróis. Somos trabalhadores remunerados, que tem família, que merecem ter direitos respeitados. É inadmissível que não seja respeitada nossa jornada, que não tenhamos condições de trabalho adequadas, o que nos coloca em risco constante de contaminação, e que os acordos firmados em mesa de negociação sejam desrespeitados. Orientamos que nenhum empregado do grupo de risco volte para as unidades e que qualquer desrespeito aos nossos direitos, qualquer pressão para furar o rodízio ou extrapolar a jornada, qualquer tipo de assédio moral, sejam denunciados ao Sindicato. Quanto mais provas o empregado conseguir recolher, como registro de mensagens, gravações de ligações e registro de jornadas, melhor. O sigilo é garantido”, conclui Dionísio. 

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