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Chapéu
Campanha Nacional 2021

Delegados da Fetec-CUT/SP aprovam plano de lutas e elegem representantes para a 23ª Conferência Nacional dos Bancários

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Em um cenário de ataques às instituições democráticas, desmonte do Estado e aprofundamento da retirada de direitos, 426 dirigentes eleitos delegados e delegadas dos 14 sindicatos filiados à Fetec-CUT/SP reuniram-se neste sábado 21, na 23ª Conferência Estadual dos Bancários.

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Os delegados e delegadas elegerem 400 representantes para a 23ª Conferência Nacional dos Bancários, que será realizada nos dias 3 e 4 de setembro.

As conferências estaduais são uma etapa da Campanha Nacional dos Bancários 2021 (campanha salarial dos bancários 2021). Neste ano, por conta do acordo de dois anos, conquistado em 2020, os bancários já têm definido aumento acima da inflação para os reajustes nos salários, demais verbas e PLR, além de todos os direitos garantidos na Convenção Coletiva de Trabalho e nos acordos coletivos de trabalho específicos de bancos públicos, com validade até 31 de agosto de 2022.

“Mas o cenário atual exige que os trabalhadores de bancos enfrentem questões urgentes e fundamentais, como a manutenção dos empregos, a defesa da vida, regras para o regime de home office, critérios para retorno presencial ao trabalho, e garantia de direitos seriamente ameaçados pela política econômica do governo Bolsonaro, esta por sua vez, representada pelas privatizações, pela PEC 32, que vai destruir o serviço público, e pela MP 1045, que praticamente volta com o regime da escravidão e que também afeta diretamente os bancários. Por isso, os trabalhadores de bancos precisam estar mobilizados e organizados, junto ao Sindicato, em uma campanha nacional forte.”

Ivone Silva, presidenta do Sindicato dos bancários de São Paulo, Osasco e região e bancária do Itaú

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Os dirigentes eleitos delegados apresentaram, debateram e aprovaram um plano de lutas com propostas que será levado à 23ª Conferência Nacional dos Bancários. O documento foi estruturado em quatro eixos e idealizado a partir das contribuições de sindicatos e de bancários de todo o estado de São Paulo.

1- Para negociação coletiva

  • Manutenção da CCT e da mesa única de negociação;
  • Pela continuidade do aumento real e PLR;
  • Fiscalização de condições para teletrabalho;
  • Respeito à jornada de trabalho e ao direito de se desconectar;
  • Lutar pela representação de todos os segmentos do ramo financeiro;
  • Reconhecimento da patologia da covid-19 como doença ocupacional e com emissão de CAT.

2 - Categoria bancária

  • Em defesa do emprego e mais contratações;
  • Contra o fechamento de agências e departamentos;
  • Lutar por saúde plena e condições de trabalho dignas;
  • Defesa da saúde e da segurança do trabalhador
  • Combate às cobranças excessivas de metas que adoecem;
  • Contra descomissionamentos arbitrários;
  • Reiterar e intensificar os protocolos sanitários como uso de máscaras, distanciamento, acrílico nas mesas e no atendimento, renovação do ar-condicionado nas agências e departamentos, sanitização e limpeza permanente nos locais de trabalho, entre outros;
  • Em defesa dos bancos e empresas públicas, e de seu papel social.

3 - Democracia para os trabalhadores

  • Em defesa do estado democráticos de direito;
  • Defesa da vida e das orientações médicas e sanitárias da Organização Mundial da Saúde;
  • Fora Bolsonaro;
  • Vacina no braço e comida no prato;
  • Contra a política econômica de Paulo Guedes e Jair Bolsonaro.

4 - Luta política institucional

  • Defesa da previdência e dos fundos de pensão dos trabalhadores;
  • Contra a reforma administrativa e PECs de destruição do estado brasileiro;
  • Fortalecimento do SUS e de suas políticas;
  • Apoio à candidatura de Lula para presidência da República em 2022;
  • Incentivar candidaturas do campo da esquerda nas próximas eleições gerais.

“Hoje o que está mais em risco é a Constituição de 1988 e todos os direitos e garantias que ela representa. A defesa do SUS, da educação pública e da Constituição deve se tornar uma pregação central. E pontuar que a gente sempre fala bolsonarismo, mas é além. Estamos falando de uma burguesia genocida que saiu do armário e não vai voltar. E a MP 1045 é a prova de que querem a volta do sistema escravocrata. Se em 2016 isso já era muito forte, não era tão descarado. O bolsonarismo pode sair, mas essa burguesia vai continuar. Essa entrega de direitos e o desmonte do Estado vai continuar. E o Bolsonaro representa este pensamento. Mas a nossa alegria de lutar e a nossa crença de sair deste atoleiro faz a gente prosseguir na luta com unidade e força.”

Aline Molina, presidenta da Fetec-CUT/SP e bancária do Itaú

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