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Funcionários do HSBC exigem respeito

Linha fina
Em todo país, bancários protestaram contra assédio moral, metas abusivas, demissões e baixos salários, como parte da Jornada Continental de Luta
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São Paulo – O Brasil é o terceiro mercado mais lucrativo do HSBC no mundo. Apesar disso, o banco inglês trata muito mal seus funcionários brasileiros. Na quarta-feira 21, os bancários protestaram em todo o país. O Sindicato participou da manifestação em Curitiba (PR), que paralisou uma grande concentração do banco na cidade até 11h.
 

Os protestos no país fazem parte da Jornada Continental de Luta dos trabalhadores do HSBC, que na quinta-feira 22 se repete em outros países da América Latina onde o grupo atua: Colômbia, Peru, Chile, Argentina, Paraguai, Uruguai e México, onde os bancários são igualmente desvalorizados”, diz o dirigente da Contraf-CUT Sérgio Siqueira, que participou do ato em Curitiba.
 

“Estamos nos manifestando contra o assédio moral, que é constante no banco, contra o desconto do programa próprio de participação dos lucros na PLR da categoria, contra os salários que estão abaixo do mercado, e as metas abusivas”, informa a dirigente do Sindicato Liliane Fiúza, que também esteve em Curitiba. Ela acrescenta que na capital paranaense ocorreram mais de 600 desligamentos, grande parte deste total foi de pedidos de demissão, tal o descontentamento dos funcionários com a empresa.
 

“Enquanto em outros bancos privados os funcionários de 25 anos de casa são premiados, o HSBC vem demitindo bancários com esse tempo de empresa. Hoje o HSBC é um dos piores bancos do sistema financeiro nacional para se trabalhar”, critica Liliane.
 

O mercado brasileiro, ressalta a dirigente sindical, é tão importante para o grupo que ele está transferindo sua sede da Cidade do México para São Paulo. “O país responde por quase 6% do resultado mundial do grupo, mas não recompensa seus funcionários, responsáveis por esse resultado. Não podemos admitir isso”, afirma.
 

 

Andréa Ponte Souza - 22/12/2011
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