São Paulo - Em assembleia realizada na tarde de quinta 2, os professores da rede estadual paulista decidiram manter a greve, que vai para o 23° dia. Na segunda-feira 30, durante reunião com a direção da Apeoesp (sindicato da categoria), o secretário estadual da Educação, Herman Voorwald, não apresentou nenhuma proposta salarial e nem para os demais pontos da pauta de reivindicações da categoria. Desde então, o governo não voltou a dialogar com os professores.
De acordo com a Apeoesp, é necessário reajuste de 75,33% para que haja equiparação com a média dos salários de trabalhadores com formação em nível superior, como os professores. Ainda segundo o sindicato, o secretário afirmou que só a partir deste mês, após estudos do orçamento e do comportamento da arrecadação no estado, será possível voltar a discutir o assunto.
Na quarta 1º, os presidentes nacional e estadual da CUT, Vagner Freitas e Adi dos Santos Lima, e da Apeoesp, Maria Izabel Azevedo Noronha, protocolaram ofício no Palácio dos Bandeirantes. Eles solicitam ao governador Geraldo Alckmin (PSDB) uma audiência para debate a greve dos professores e consolidar um processo de negociação.
Até o momento, não houve resposta por parte do governo tucano.
O movimento é por valorização da carreira, pelo fim da precarização, que deixa sem contrato mais de 20 mil professores, e contra o fechamento de 3.400 salas de aula, que superlota as turmas remanescentes. Há escolas com até 60 alunos por classe.
A greve, que é negada pelo governador Alckmin, tem adesão de 60% dos professores, inclusive de escolas de tempo integral, e conta com apoio de outras categorias, como os docentes e trabalhadores da USP.
Rede Brasil Atual - 6/4/2015
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Sem propostas, categoria decide manter paralisação, iniciada em 13 de março. CUT assina ofício da Apeoesp enviado ao governador tucano
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