Pular para o conteúdo principal

Sindicato fecha Itaú por falta de funcionários

Linha fina
Área comercial de agência na Vila Prudente tinha apenas uma trabalhadora que, além da sobrecarga, sofre com revolta dos clientes
Imagem Destaque
São Paulo - O Sindicato fechou uma agência do Itaú que fica no Shopping Central Plaza, na Vila Prudente, zona leste de São Paulo. Apesar de funcionar com o horário estendido - das 12h às 20h - a unidade conta apenas com uma trabalhadora na área comercial.

Além da sobrecarga, que impede idas ao banheiro ou horário de almoço, ela sofre com a revolta dos clientes. "Muita gente vem aqui e xinga a bancária de todos os nomes possíveis, como se fosse culpa dela o mau atendimento. O responsável é o banco, que lucra horrores todos os anos, mas não dá o suporte mínimo para que os funcionários façam o trabalho como gostariam", diz o diretor do Sindicato Sérgio Lopes, o Serginho, que impediu a abertura da agência.

Só no primeiro trimestre deste ano, o Itaú já lucrou quase R$ 6 bilhões.

O dirigente explica que, ao se deparar com a pressão em cima do trabalhador na segunda 4, entrou em contato com a direção do banco cobrando providências. O Itaú afirmou que resolveria a questão, mas ao voltar à agência nesta terça 5, Serginho constatou que nada havia mudado. A única saída foi impedir a abertura.

"Por mais que o funcionário se esforce, é impossível prestar um bom atendimento sozinho. Não dá para passar o dia se matando de trabalhar, sem comer, sem poder ir ao banheiro e ainda ficar ouvindo xingamento", acrescenta Serginho. "E, por ordem médica, a bancária ainda tem de sair às 18h. Ou seja, o banco deixa a agência sem esse atendimento nas duas últimas horas do dia, o que aumenta a revolta dos clientes e acaba sobrando reclamação para todos de todas as áreas".


André Rossi - 5/5/2015
 
seja socio

Exibindo 1 - 1 de 1