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São Paulo – Focar na prevenção ao invés de priorizar a medicina curativa e dispor de novos aportes financeiros do Banco do Brasil são algumas das alternativas apontadas pelos representantes dos funcionários para sanar o déficit de R$ 108 milhões da Cassi (Caixa de Assistência dos Funcionários do BB). Essas questões foram levadas por diretores do Sindicato aos bancários lotados no Cenop Imobiliário, na Rua 15 de Novembro, na terça-feira 12.
“Estamos fazendo várias reuniões do tipo em diversos departamentos e a receptividade dos bancários a nossas propostas tem sido muito boa. Eles concordam com um sistema integral de saúde que priorize a prevenção e uma visão global e não localizada”, diz a diretora do Sindicato e membro do Conselho de Usuários da Cassi, Silvia Muto. “Poderemos até sanar o prejuízo de 2014, mas se mantivermos a mesma lógica do sistema curativo estaremos discutindo déficit novamente daqui a cinco, seis anos”, acrescenta.
A dirigente lembrou ainda que saúde está profundamente relacionada com o ambiente de trabalho. “As condições de trabalho são determinantes para o bem estar ou não de uma pessoa, então têm de ser levadas em conta pelo banco ao pensar soluções para a Cassi. E o BB tem adotado cada vez mais a lógica de funcionamento do mercado, com sobrecarga, pressão pelo cumprimento de metas, cobranças constantes e a promoção de um ambiente competitivo.”
Opinião dos bancários – Durante a reunião, os bancários destacaram que o BB tem recursos para promover novos aportes à Cassi. “Alguns disseram que se o banco está pagando dividendos a seus acionistas, pode muito bem contribuir para a saúde de seus funcionários, que na maioria das vezes adoecem por conta do ritmo e do ambiente de trabalho impostos pela instituição.”
Outros deram exemplos de como uma atenção maior é mais eficaz. “Um deles contou que por ter acesso a uma segunda opinião médica, evitou uma cirurgia desnecessária. Isso é bom para a saúde do trabalhador e também para a saúde financeira do plano”, destaca Silvia.
Solidariedade – Os funcionários também esclareceram dúvidas sobre o déficit e sobre o princípio de solidariedade da Cassi. “Nós deixamos claro que o princípio da solidariedade é fundamental na Cassi. É isso que garante que os participantes continuarão se beneficiando do atendimento à saúde durante a aposentadoria.”
Silvia explicou que é esse princípio que determina que todos os participantes paguem os mesmos 3% sobre seus salários, independentemente do número de dependentes, da sinistralidade ou da idade. “Uma pessoa que não tem filhos pode achar injusto contribuir na mesma proporção que uma pessoa com três filhos, por exemplo. Só que mais tarde esse participante também poderá ter seus filhos e não vai pagar mais por isso. Nem vai pagar mais ao longo do tempo por conta de estar envelhecendo ou por ter adquirido uma doença grave. Nem vai deixar de usufruir do plano ao se aposentar. E é o princípio da solidariedade que garante isso”, explicou Silvia.
Andréa Ponte Souza – 12/5/2015
“Estamos fazendo várias reuniões do tipo em diversos departamentos e a receptividade dos bancários a nossas propostas tem sido muito boa. Eles concordam com um sistema integral de saúde que priorize a prevenção e uma visão global e não localizada”, diz a diretora do Sindicato e membro do Conselho de Usuários da Cassi, Silvia Muto. “Poderemos até sanar o prejuízo de 2014, mas se mantivermos a mesma lógica do sistema curativo estaremos discutindo déficit novamente daqui a cinco, seis anos”, acrescenta.
A dirigente lembrou ainda que saúde está profundamente relacionada com o ambiente de trabalho. “As condições de trabalho são determinantes para o bem estar ou não de uma pessoa, então têm de ser levadas em conta pelo banco ao pensar soluções para a Cassi. E o BB tem adotado cada vez mais a lógica de funcionamento do mercado, com sobrecarga, pressão pelo cumprimento de metas, cobranças constantes e a promoção de um ambiente competitivo.”
Opinião dos bancários – Durante a reunião, os bancários destacaram que o BB tem recursos para promover novos aportes à Cassi. “Alguns disseram que se o banco está pagando dividendos a seus acionistas, pode muito bem contribuir para a saúde de seus funcionários, que na maioria das vezes adoecem por conta do ritmo e do ambiente de trabalho impostos pela instituição.”
Outros deram exemplos de como uma atenção maior é mais eficaz. “Um deles contou que por ter acesso a uma segunda opinião médica, evitou uma cirurgia desnecessária. Isso é bom para a saúde do trabalhador e também para a saúde financeira do plano”, destaca Silvia.
Solidariedade – Os funcionários também esclareceram dúvidas sobre o déficit e sobre o princípio de solidariedade da Cassi. “Nós deixamos claro que o princípio da solidariedade é fundamental na Cassi. É isso que garante que os participantes continuarão se beneficiando do atendimento à saúde durante a aposentadoria.”
Silvia explicou que é esse princípio que determina que todos os participantes paguem os mesmos 3% sobre seus salários, independentemente do número de dependentes, da sinistralidade ou da idade. “Uma pessoa que não tem filhos pode achar injusto contribuir na mesma proporção que uma pessoa com três filhos, por exemplo. Só que mais tarde esse participante também poderá ter seus filhos e não vai pagar mais por isso. Nem vai pagar mais ao longo do tempo por conta de estar envelhecendo ou por ter adquirido uma doença grave. Nem vai deixar de usufruir do plano ao se aposentar. E é o princípio da solidariedade que garante isso”, explicou Silvia.
Andréa Ponte Souza – 12/5/2015