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Sindicato luta pelo fim do fator previdenciário

Linha fina
Proposta criada pelo movimento sindical, a fórmula 85/95, se aprovada, vai melhorar bastante a vida dos futuros aposentados
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São Paulo - Menos tempo para se aposentar e valor maior para os benefícios. Esse é o objetivo da fórmula 85/95, negociada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) e outras entidades do movimento sindical desde 2009, e aprovada na quinta 14 pela Câmara dos Deputados. O projeto segue para o Senado.

> Vídeo: Regra 85/95 é melhor para aposentadoria

A 85/95 foi criada para fazer um contraponto ao fator previdenciário, instituído pelo governo Fernando Henrique Cardoso, em 1999, que tornou a aposentadoria muito pior, principalmente para aqueles que começam a trabalhar mais cedo – geralmente os mais pobres. Com o fator previdenciário, mesmo quando o trabalhador e a trabalhadora já pagaram 35 anos ou 30 anos para o INSS, não podem se aposentar com o ganho integral, por causa da chamada “tábua de expectativa de vida”.

Como ao longo das últimas décadas a idade média da população vem subindo, em função das melhorias no atendimento médico, habitação e saneamento, a expectativa de vida sobe todos os anos. E, por causa do fator, aumenta também o tempo de trabalho necessário para se aposentar. Como muitos cansam de esperar, a maioria se aposenta com o desconto criado pelo fator previdenciário (veja arte abaixo).

Previdência – Mesmo para as contas da Previdência, essa mudança pode ser positiva. “Não se pode esquecer que a valorização das aposentadorias vai injetar mais dinheiro na economia, o que faz girar o comércio e os serviços e gera mais empregos e salários. É isso que faz a arrecadação subir e manter o país forte. E que deixa o povo mais feliz”, avalia Vagner Freitas, presidente da CUT, lembrando que essa é uma das principais bandeiras do Dia Nacional de Paralisação, em 29 de maio.

> Paralisação contra terceirização e pelo fim do fator

E vale lembrar: se aprovado o 85/95 de acordo com o projeto de lei apresentado, o fator continua por um tempo e o trabalhador terá direito a escolher o que for melhor para ele.


Redação - 19/5/2015

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