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HSBC nega demissões e confirma processo de venda

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Após notícias publicadas pela imprensa brasileira, Sindicato entrou em contato com representante do banco no Brasil, que negou dispensas
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São Paulo – O Grupo HSBC anunciou na terça-feira 9 mudança estratégica no seu modelo de negócios no Brasil e confirmou que pretende vender sua operação no país. No entanto, o banco afirma que planeja manter presença no Brasil para atender aos clientes corporativos de grande porte em suas necessidades internacionais.

O anúncio foi feito em Londres pelo CEO do Grupo, Stuart Gulliver, durante apresentação da Atualização da Estratégia do HSBC para investidores. Logo, a mídia brasileira publicou informações sobre o encerramento das atividades do banco inglês no Brasil e demissões de até 50 mil pessoas em todo o mundo.

Imediatamente, o Sindicato e a Contraf-CUT entraram em contato com o presidente do banco no Brasil. A presidenta Juvandia Moreira falou em vídeo aos bancários no Facebook do Sindicato nesta manhã: . “Falei com o presidente do banco no Brasil, André Brandão, que desmentiu as notícias. O processo de venda continua e esses funcionários não serão mais do HSBC e sim do novo banco controlador. Vamos acompanhar a situação dos bancários do HSBC. Estamos bastante preocupados, estamos acompanhando. Assim que soubermos qual será o novo controlador do banco nós vamos procurá-lo para saber dos empregos, das agências bancárias, da situação dos clientes aqui no Brasil”, explicou.

> Vídeo: Juvandia comenta notícias da imprensa sobre venda do HSBC

A nota do HSBC Brasil divulgada aos funcionários após a repercussão na mídia informa: “É importante ressaltar que este é um processo de venda e não um processo de encerramento das nossas operações no país, como saiu esta manhã equivocadamente na imprensa”. E continua: “Vale lembrar mais uma vez que processos como esse são demorados, porque dependem de minuciosas análises dos acionistas e estão sujeitos a aprovações regulatórias e outras aprovações. Isso quer dizer que não vemos nenhum impacto imediato para nós nem para os nossos clientes”, informa a nota assinada por André Brandão. A nota da matriz realmente não fala em fechar o banco no Brasil, mas em venda (sell).

No dia 22 de maio o HSBC informou sobre a venda das atividades no Brasil. Instituições financeiras como Bradesco e Itaú já manifestaram interesse.

Swissleaks – Os problemas do HSBC foram reforçados após denúncias de lavagem de dinheiro na Suíça. Na última semana fechou acordo com as autoridades suíças e vai pagar 40 milhões de francos – cerca de R$ 134 milhões – para encerrar as investigações. Em comunicado, o banco declarou que nem a instituição nem seus funcionários são suspeitos de qualquer crime.

O HSBC suíço estava sendo investigado desde fevereiro. Conhecida como Swissleaks, a investigação revelou documentos fornecidos por Hervé Falciani, ex-funcionário do HSBC em Genebra, ao jornal francês Le Monde e compartilhados com o Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos, que reúne profissionais de mais de 40 países. 


Redação – 9/6/2015
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