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São Paulo – Enquanto aguardam o anúncio de quem será o comprador das operações brasileiras, os funcionários do HSBC vivem dias de preocupação e cobrança por parte dos clientes. Esses são os relatos colhidos em mais um dia de manifestação organizada pelo Sindicato, em defesa dos trabalhadores. Na quinta-feira 11, foi a vez do Tower, zona oeste.
> Fotos: imagens da mobilização no Tower
“Mais uma vez dialogamos com os bancários que estão muito angustiados e apreensivos. Eles fazem questão de conversar com a gente, perguntar se há novas informações”, conta Valdir Fernandes, o Tafarel, diretor do Sindicato e funcionário do HSBC.
Em reunião realizada na quarta-feira 10 com a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira, representantes do sindicato de Curitiba e da Contraf-CUT, a direção do HSBC Brasil informou que não existe qualquer possibilidade de fechar o banco no país nem de fazer demissões em massa.
> HSBC afirma que não fecha nem demite
Os bancários, segundo Tafarel, alegam temer o desemprego e não conseguir pagar o financiamento da casa própria, entre outras dívidas. “A grande imprensa traz informações distorcidas, distribuímos a Folha Bancária e temos procurado esclarecer as dúvidas”, ressaltou.
Desde o início dos rumores sobre a venda do banco, os funcionários do HSBC têm de lidar, ainda, com a ansiedade dos clientes que procuram as agências.
“Eles nos culpam por não terem sido informados antes de fazer aplicações e contratação de serviços recentes, mas nós mesmos não temos informações claras. Estamos inseguros, queremos saber quem irá comprar e o que irá acontecer conosco”, disse uma bancária. Outra informou que em algumas agências a reação dos clientes chega à agressividade, além do crescente número de pessoas tentando retirar todo o dinheiro de suas contas. “O atendimento ao público está bem difícil, já tem um bom tempo que estamos com falta de funcionários e agora, com os últimos acontecimentos, estamos sendo alvo de chacotas, clientes xingando, chamando a gente de incompetentes.”
Apesar do clima tenso, a direção do banco tem orientado os trabalhadores a continuarem a rotina normal e focar nos negócios. “Os gestores tentam apagar o fogo e nós não podemos nem expressar nossa preocupação e indignação, como se estivéssemos aumentando a situação. Eles só dizem que tudo vai continuar como antes, mas já estamos vendo as coisas mudando”, apontou uma funcionária.
Tafarel ressalta que o Sindicato está ao lado dos trabalhadores. “Estamos lutando pela manutenção dos empregos, pressionando o banco e caso seja necessário faremos greve para defender os direitos”. “Os bancários devem ficar atentos às informações corretas e buscar se informar pelo site do Sindicato e com os dirigentes sindicais”. Tafarel acha que em 15 dias o comprador será anunciado.
“Há um clima de medo com a possibilidade de desemprego, porém, temos de permanecer ainda mais unidos para enfrentar o estresse”, conclui outro bancário do HSBC.
Luana Arrais – 11/6/2015
> Fotos: imagens da mobilização no Tower
“Mais uma vez dialogamos com os bancários que estão muito angustiados e apreensivos. Eles fazem questão de conversar com a gente, perguntar se há novas informações”, conta Valdir Fernandes, o Tafarel, diretor do Sindicato e funcionário do HSBC.
Em reunião realizada na quarta-feira 10 com a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira, representantes do sindicato de Curitiba e da Contraf-CUT, a direção do HSBC Brasil informou que não existe qualquer possibilidade de fechar o banco no país nem de fazer demissões em massa.
> HSBC afirma que não fecha nem demite
Os bancários, segundo Tafarel, alegam temer o desemprego e não conseguir pagar o financiamento da casa própria, entre outras dívidas. “A grande imprensa traz informações distorcidas, distribuímos a Folha Bancária e temos procurado esclarecer as dúvidas”, ressaltou.
Desde o início dos rumores sobre a venda do banco, os funcionários do HSBC têm de lidar, ainda, com a ansiedade dos clientes que procuram as agências.
“Eles nos culpam por não terem sido informados antes de fazer aplicações e contratação de serviços recentes, mas nós mesmos não temos informações claras. Estamos inseguros, queremos saber quem irá comprar e o que irá acontecer conosco”, disse uma bancária. Outra informou que em algumas agências a reação dos clientes chega à agressividade, além do crescente número de pessoas tentando retirar todo o dinheiro de suas contas. “O atendimento ao público está bem difícil, já tem um bom tempo que estamos com falta de funcionários e agora, com os últimos acontecimentos, estamos sendo alvo de chacotas, clientes xingando, chamando a gente de incompetentes.”
Apesar do clima tenso, a direção do banco tem orientado os trabalhadores a continuarem a rotina normal e focar nos negócios. “Os gestores tentam apagar o fogo e nós não podemos nem expressar nossa preocupação e indignação, como se estivéssemos aumentando a situação. Eles só dizem que tudo vai continuar como antes, mas já estamos vendo as coisas mudando”, apontou uma funcionária.
Tafarel ressalta que o Sindicato está ao lado dos trabalhadores. “Estamos lutando pela manutenção dos empregos, pressionando o banco e caso seja necessário faremos greve para defender os direitos”. “Os bancários devem ficar atentos às informações corretas e buscar se informar pelo site do Sindicato e com os dirigentes sindicais”. Tafarel acha que em 15 dias o comprador será anunciado.
“Há um clima de medo com a possibilidade de desemprego, porém, temos de permanecer ainda mais unidos para enfrentar o estresse”, conclui outro bancário do HSBC.
Luana Arrais – 11/6/2015