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Bancários do estado de SP definem prioridades

Linha fina
Representantes dos trabalhadores vão à Conferência Nacional, entre sexta 31 e domingo 2, defender aumento real de 5%, combate ao assédio, fim das metas abusivas, mais empregos e fim das demissões
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São Paulo – Os bancários do estado de São Paulo definiram suas prioridades para a Campanha Nacional Unificada 2015. A conferência estadual, realizada neste sábado 25, votou as reivindicações a serem levadas ao debate na conferência nacional, que ocorre entre sexta 31 e domingo 2. De lá, sai a pauta final para ser entregue à federação dos bancos (Fenaban) no mês de agosto. A data base é 1º de setembro.

> Vídeo: conferência aprova pauta de SP

Entre as prioridades apontadas pela categoria no estado estão o índice de 15,2% (reajuste com inflação estimada mais aumento real de 5%), combate ao assédio moral, fim das metas abusivas, mais empregos e fim das demissões. Também definiram o piso com base no salário mínimo do Dieese (R$ 3.299,66) e a PLR de três salários mais R$ 7.196,84 de parcela fixa adicional. E o 14º salário.

“No primeiro semestre deste ano foram fechados 2.795 postos de trabalho nos bancos, de acordo com dados do Caged (Ministério do Trabalho). Mesmo com as empresas tendo queda nos seus rendimentos, os bancos continuam lucrando bilhões de reais a cada mês. É fundamental que seja garantido algum instrumento na CCT para conter as demissões. Na consulta feita a categoria, mais da metade dos bancários apontaram como prioridade o fim das demissões, das terceirizações e mais contratações “, disse Juvandia Moreira, presidenta do Sindicato.

O lucro líquido dos cinco maiores bancos atuantes no Brasil (Banco do Brasil, Caixa Federal, Bradesco, Itaú e Santander), nos três primeiros meses do ano, atingiu a marca de R$ 16,3 bilhões, com crescimento de 21,8% em relação ao mesmo período do ano passado. Os principais itens dos balanços comprovam o sólido desempenho do setor. As receitas com prestação de serviços e tarifas, por exemplo, cresceram 12% atingindo o valor de R$ 27 bilhões.

O dia teve também debates sobre conjuntura política e econômica do país, com a participação de Emir Sader, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Uerj).

> Vídeo: Sader: ajuste fiscal é um erro

Os presidentes da CUT, Vagner Freitas, Contraf-CUT, Roberto Antonio von der Osten, e da Fetec-CUT/SP, organizadora da conferência, Luiz César de Freitas, também estiveram presentes. Participaram 331 delegados eleitos em assembleias regionais.

Durante a Conferência foi aprovado ainda apoio à reeleição de Vagner Freitas para a presidência da CUT.

Consulta – Durante a conferência foram apresentados os resultados das consultas realizadas nos sindicatos filiados à Fetec/CUT-SP. A pesquisa foi feita por 13 sindicatos, com um total de 17.849 questionários.

Somente na base do Sindicato, mais de onze mil bancários responderam a pesquisa. Nas cláusulas econômicas, as maiores reivindicações foram por aumento real acima da inflação (81% das respostas), PLR maior (90%), além do fim das demissões, das terceirizações e mais contratações (com mais de 50% das respostas). Entre as cláusulas sociais, vale-alimentação e refeição maiores foram apontados por 74%.

Além das prioridades para as cláusulas econômicas e sociais, a consulta apontou como a política dos bancos compromete a saúde dos empregados: 80% responderam que usam medicamento controlado. Outros temas também foram abordados, como o fim da terceirização: 85% apoiam a greve geral contra a terceirização e 65% querem a democratização dos meios de comunicação.

> Bancários deixam claro: chega de exploração!

WebTv - A conferência estadual e a Campanha Nacional Unidicada são o assunto do Momento Bancário com a Presidenta desta segunda-feira 27. O programa de webtv apresentado pela presidenta Juvandia Moreira irá ao ar ao vivo a partir das 20h pelo site do Sindicato. Perguntas podem ser encaminhadas para [email protected], ou pelo facebook e twitter.

Aline Molina, diretora de  Finanças da Fetec-CUT/SP, fará um balanço sobre o resultado da Conferência Estadual. Também participam Carlos Souza, da Contraf-CUT, e o economista do Dieese Gustavo Cavarzan, que fará uma análise sobre o cenário atual, lucratividade das instituições financeiras e apresentará um balanço das últimas campanhas nacionais que acumulam um histórico de 11 anos consecutivos de aumento real para a categoria, dentre outras conquistas.


  Redação - 25/7/2015
(atualizada em 27/7 às 17h54)

 

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