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Plenária define pauta unificada da categoria

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Delegados representando bancários de todo o país participam de deliberação final da 17ª Conferência, de onde sairão as reivindicações a serem entregues para os bancos no processo de renovação da CCT
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São Paulo - Um total de 635 delegados e delegadas, eleitos em conferências regionais por todo o país, participam neste domingo 2 da plenária final da 17ª Conferência Nacional dos Bancários. Dela sai a pauta unificada com as reivindicações da categoria a serem entregues aos banqueiros para renovação do acordo coletivo de trabalho.

Os bancários são umas das poucas categorias do país com um acordo coletivo nacional - a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) - cuja data base é 1º de setembro. Para renová-lo, entram em Campanha Nacional Unificada no segundo semestre.

A conferência foi realizada em três dias. No primeiro, na sexta 31, foram realizados debates com especialistas em assuntos de interesse dos bancários, como terceirização, sistema financeiro, conjuntura política e econômica do país, dentre outros. No sábado, os delegados se dividiram em quatro grupos - emprego, saúde e segurança, remuneração e estratégia - para analisar a pauta.

“As questões relativas ao emprego serão o tema central da Campanha Nacional 2015. Com os bancos lucrando cada vez mais, não há razão para tantas demissões e fechamento de postos de trabalho”, avalia Ivone Maria da Silva, secretária-geral do Sindicato, que coordenou o grupo específico sobre o tema.

Nele, foram aprovadas a inclusão de artigo em que se reivindica a garantia dos empregos de todos os trabalhadores abrangidos pela CCT e a ratificação do Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas, dentre outros pontos.

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O grupo 2 tratou de saúde, segurança e condições de trabalho. O debates envolveram temas como combate ao assédio moral, metas abusivas, reabilitação profissional e acidentes de trabalho.

Os delegados também discutiram a extensão integral de benefícios para funcionários afastados por problemas de saúde, ampliação da licença maternidade para pais de crianças adotadas, independente da idade, além da redução de jornada para mães que amamentam por um período maior, de 12 meses.

Sobre segurança, defenderam o fim da revista de funcionários, extinção das tarifas para transferências de dinheiro, com o objetivo é combater o crime de "saidinha bancária". Também pretendem garantir dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários, abertura e fechamento remoto das agências, assim como a instalação dos biombos nos caixas e melhor atendimento aos bancários e demais vítimas de assaltos.

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Sobre remuneração, o grupo chegou a consenso no valor do vale alimentação e da décima terceira cesta a ser reivindicado, de R$ 788. Vale refeição terá de subir para R$ 34,26 ao dia. Os representantes dos trabalhadores defenderam também piso com base no salário mínimo do Dieese (R$ 3.299,66), PLR de três salários mais R$ 7.196,84 de parcela fixa adicional e o 14º salário.

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O grupo que discutiu Estratégia e Mobilização abordou temas como terceirização, correspondentes bancários, a luta pela defesa do emprego no HSBC, papel social dos bancos e organização do sistema financeiro, entre outros. Tratou tanto de questões específicas dos bancos públicos e privados, como de assuntos de interesse mais amplo da sociedade.

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Próximos passos - Após a definição da pauta na plenária de domingo 2, o trabalhadores, representados pelo Comando Nacional dos Bancários, a entregarão para a federação dos bancos (Fenaban) em data ainda a ser definida.


Redação - 1°/8/2015
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