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Congresso da Contraf destaca papel da categoria

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Até domingo, evento faz balanço da atual gestão da Confederação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro, define estratégias para o próximo período e elege nova direção
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São Paulo - O papel estratégico do setor bancário e a capacidade de debate dos trabalhadores em torno da construção de um Sistema financeiro Nacional responsável com o desenvolvimento econômico foi o destaque da presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira, durante a abertura do 3º Congresso da Contraf-CUT (Confederação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro), iniciado na sexta-feira 30, em Guarulhos.

“Queremos recolocar o Sistema Financeiro na ordem do dia. Queremos discutir empregos, mas com qualidade. Nesse momento vamos traçar as estrategias para os próximos anos visando acabar com metas abusivas, pressão, adoecimento mental. Queremos discutir a igualdade de oportunidade”, disse Juvandia (foto ao lado). Ela ressaltou, ainda, que os bancários também consideram estratégico fazer debates em temas que não se restringem apenas a categoria, mas de interesse de toda a classe trabalhadora, como uma carga tributária mais justa, progressiva e direta, além de exigir reforma política.

> Vídeo: assista à fala de Juvandia Moreira

A secretária regional da UNI Américas, Adriana Rosenzvaig, destacou que a presença da comunidade sindical internacional - Africa, América e Europa - representa a unidade que os bancários vem trabalhando nos sindicatos em torno da Contraf-CUT.  “Quero parabelizá-los por essa organização progressista e comprometida, que dá suporte e apoio a Uni. Essa solidariedade é relevante.”

Já o deputado federal Ricardo Berzoini (PT-SP) lembrou que há 20 anos assinava a primeira Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) com validade nacional, como presidente à época da então Confederação dos Bancários (CNB), hoje Contraf-CUT. "Era algo praticamente impossível para a época e neste ano completamos vinte anos. É algo que deve ser lembrado com muito orgulho”, disse. “Além disso, construimos uma entidade nacional como a Contraf-CUT, que representa mais de 90% dos bancários do país”, diz Berzoini (à direita) .

> Vídeo: assista à fala de Ricardo Berzoini

Artur Henrique da Silva (à esquerda), presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores), também desatacou os desafios, que em sua opinião são muitos. “Não queremos ser a quinta economia do mundo, mas com desigualdade social. Queremos valorização do trabalho”, afirmou.

> Vídeo: assista à fala de Artur Henrique

O presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro (à direita), falou sobre a oportunidade de traçar as estratégias para os próximos três anos por meio da ação sindical. “Isso passa por pensar no papel do dirigente sindical. Nosso principal desafio é ser de fato a referência dos trabalhadores”. Ele criticou a alta rotatividade no setor e a falta de segurança que tanto coloca em risco a vida dos bancários. Para ele a categoria não pode abrir mão do emprego decente, segurança, qualidade de vida, remuneração justa e aposentadoria justa. Carlos Cordeiro acrescentou que "nosso grande desafio enquanto classe trabalhadora, que é maior que a soma das categorias, é aproveitar a oportunidade histórica que estamos vivendo para transformar o Brasil num país mais justo e solidário”.

> Vídeo: assista à fala de Carlos Cordeiro

O evento termina no domingo 1º e terá, além das discussões sobre a conjuntura nacional e internacional, o detalhamento do balanço da gestão da Contraf-CUT de 2009 a 2012. Também serão definidas estratégias para o próximo período. Ao final, será eleita a direção da confederação para o triênio 2012-2015.

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Elisângela Cordeiro, com informações da Contraf-CUT - 30/3/2012 (atualizado às 18h11 de 1/4/2012)

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