Os anúncios da redução do spread bancário e aumento dos limites de crédito, feitos pela Caixa Econômica Federal (Caixa Melhor Crédito) e o Banco do Brasil (Bom para Todos), que começam a valer a partir deste mês, só reforçam que outras instituições financeiras têm condições de seguir o mesmo caminho e diminuir suas taxas de juros. Não é admissível, nem há argumentos – com uma taxa Selic que diminui desde agosto do ano passado – ter spreads bancários que chegam, em média, a 175% (cheque especial) e taxas de juros de 50,3% (empréstimo pessoal) para pessoa física.
O governo cumpriu com o que havia acenado e iniciou um processo que deve forçar os bancos privados a também baixarem seus juros para não perderem clientes para as instituições públicas. O spread alto prejudica os trabalhadores e atrasa todo país, encarecendo e reduzindo a concessão do crédito e prejudicando a economia do país.
Juvandia Moreira, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região
9/4/2012