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Vila Santander protesta contra proposta dos bancos

Linha fina
Em Dia Nacional de Luta, trabalhadores do teleatendimento paralisaram atividades até o início da tarde
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São Paulo - O Dia Nacional de Luta da Campanha 2015 chegou ao Vila Santander, no bairro do Limão, zona norte de São Paulo, com grande adesão dos funcionários do local na manhã da terça 29. A concentração voltada ao teleatendimento possui cerca de 2,5 mil bancários e ficou paralisada até às 13h.

> Dia de Luta contra proposta da Fenaban

A unidade de teleatendimento no Rio de Janeiro também foi paralisada pelos bancários de lá, já que quando o serviço é interrompido em São Paulo a instituição transfere o atendimento para o estado vizinho.

Durante o ato em SP ficou claro o clima de expectativa com a questão tida como prioritária para os funcionários do local, o salário. A proposta da Fenaban de reajuste de 5,5% foi lembrada com indignação. “É uma vergonha, nós trabalhamos com dedicação e só queríamos que isso fosse reconhecido, damos o nosso melhor. Foi decepcionante essa proposta”, apontou uma.

“Esses dias tivemos uma reunião e nos foi informado que somos responsáveis por 21% do lucro do Santander no país, lucro esse que só aumentou. Nosso salário tem que ser de acordo com isso e cobrir a inflação, as coisas estão cada vez mais caras”, comentou um funcionário do Vila. “Eles esquecem a parte humana da coisa, os trabalhadores. Se ganham cada vez mais dinheiro deveriam distribuir esse lucro com a gente”, reforçou outro.

Uma trabalhadora adiantou que muitos bancários do local já se preparam para participar de uma possível greve. “Essa proposta de reajuste foi o cúmulo do absurdo, é muito baixo, e o abono não adianta nada, por isso estamos muito interessados em aderir à greve, se ela ocorrer”, disse. Ela também relata a insatisfação de muitos funcionários do Vila por serem promovidos mas continuarem com o mesmo salário.

A decisão sobre a greve será tomada na assembleia de quinta-feira 1º, na Quadra.

> Assembleia é nesta quinta, às 19h. Compareça!

Para o diretor do Sindicato André Pereira, a adesão da maioria dos trabalhadores do Vila demostra a insatisfação crescente dos bancários. “Eles viram que a luta é legítima, ainda mais porque aqui sofrem muito com acúmulo de função”. Vera Marchioni, também diretora do Sindicato, acrescentou: “Nós é que produzimos o lucro do único setor que não está em crise, que são os bancos”.


Luana Arrais – 29/9/2015

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