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Greve para superintendência da Caixa no Ipiranga

Linha fina
Setor distribui metas para agências da região e comanda gestores que são pressionados a não participar
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São Paulo – Durante a greve os bancários reivindicam não só o reajuste de seus salários. O fim da pressão por metas, do assédio moral e melhorias de condições de trabalho também fazem parte da luta. Por isso, na sexta-feira 9, quarto dia de paralisação, a Superintendência Regional (SR) da Caixa no Ipiranga permaneceu fechada.

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O setor não só abriga empregados do banco. É de lá que as metas vindas da matriz são distribuídas. “Ontem paramos a SR Pinheiros. São as superintendências que repassam as metas impostas individualmente pela GDP (Gestão de Desempenho de Pessoas)”, explica Dionísio Reis, diretor do Sindicato e empregado da Caixa.

“Estamos também garantindo a greve de gestores que temem o descomissionamento como retaliação do banco”, reforçou. As SRs também são responsáveis pelos gestores e gerentes.

O fim da GDP é uma das reivindicações específicas dos trabalhadores do banco público. A Comissão dos Empregados já havia cobrado a extinção do programa por meio do artigo que trata do fim das metas abusivas na pauta geral de reivindicações. A cláusula determina que os resultados sejam estipulados com a participação dos bancários, cobrados coletivamente, e respeitem as particularidades de cada departamento ou agência.

No entanto, durante negociação com o banco, a instituição sinalizou não estar disposta a encerrar o GDP e ainda afirmou que pretende estende-lo a todos os funcionários até 2016. “Queremos uma proposta que permita discutirmos as metas e acabar com a imposição das metas individuais”, ressaltou Dionísio.

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Gincana – O dirigente lembra que essa cobrança é uma das principais responsáveis pelo adoecimento dos trabalhadores. Até o início deste mês, a SR de Santana estava promovendo uma gincana chamada “Guerra nas Estrelas”. Por meio da competição, a agência que vendesse mais produtos do banco seria a vencedora. E as premiações eram custeadas pelos próprios empregados. Após protestos do Sindicato, a Caixa voltou atrás e se comprometeu a acabar com a gincana.

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Luana Arrais – 9/10/2015
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