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Duas semanas de greve e a culpa é dos banqueiros!

Linha fina
Novamente, centenas de locais de trabalho e milhares de bancários cruzaram os braços; No início da noite, Fenaban agendou negociação
Imagem Destaque

São Paulo - A greve da categoria completou duas semanas nesta segunda 19 e, no início da noite, a federação dos bancos (Fenaban) agendou negociação com o Comando Nacional dos Bancários para quarta 20, a partir das 16h, em São Paulo. 

> Greve arranca negociação com os bancos

Na segunda 19, pararam agências de diversas regiões da capital, Osasco e região, o Complexo São João e Verbo Divino do Banco do Brasil, além da CSI na Rua 15 de Novembro. Ao todo, foram 876 unidades e cinco prédios administrativos, totalizando 881 locais e 25 mil bancários. No país, foram 12.496 agências e 40 centros administrativos em 26 Estados e no Distrito Federal.

> Fotos: Osasco e zonas oesteleste e norte 

“Se a intenção [dos bancos] é vencer a greve pelo cansaço, acho que ela tem mais é que continuar”, afirmou uma trabalhadora da região da Avenida Paulista. “A gente não faz greve porque gosta. Enquanto não apresentarem nada, a greve não vai acabar", completou um colega.

> Agências da Paulista paradas. Culpa é dos bancos!
Fotos: agências paradas na região da Paulista

Na zona sul, um funcionário do Itaú fez o desafio: “Gostaria que um diretor de banco me acompanhasse durante um mês almoçando com esse valor de tíquete”.

> Bancário 'convida' gestor a passar o mês com o vale
>  Fotos: agências paradas na zona sul de São Paulo

E não é apenas por um reajuste mais alto. Melhores condições de trabalho também motivam a greve. “Ou você sai do banco ou vai ter um derrame”, ouviu de seu médico um bancário do centro de São Paulo.

> “Ou você sai do banco ou vai ter um derrame
Fotos: agências paradas no centro da capital

A paralisação deste ano já é uma das mais fortes desde 2004. “Os bancários sabem do seu valor, da importância que têm, da contribuição que dão para os exorbitantes resultados do setor. Não vão sair da greve sem um reajuste digno e a certeza de que as condições de trabalho vão melhorar”, diz a presidenta do Sindicato e uma das coordenadoras do Comando, Juvandia Moreira, lembrando da importância da participação de cada um. “Braços cruzados significam prejuízo para os bancos. É a única linguagem que eles entendem. Temos paralisado setores estratégicos, mas quanto mais conseguirmos fechar, mais força teremos, maior será a pressão".

Assembleia - Durante a assembleia organizativa da greve (fotos à esquerda e abaixo), no final da tarde desta segunda-feira 19, na Quadra dos Bancários, a categoria demostrou disposição para manter e ampliar o movimento. “A greve está forte e a população tem nos apoiado. Quem toma conhecimento dos lucros dos bancos e ouve os nossos motivos, dá apoio. Só hoje (segunda) paramos quase 900 locais em São Paulo, Osasco e região, e foram 25 mil trabalhadores de braços cruzados”, avaliou Juvandia Moreira.

Vídeo: matéria especial sobre a assembleia e o dia de greve

A assembleia também aprovou apoio e participação em ato da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) contra o fechamento de escolas anunciado pelo governo Alckmin. O ato será na terça-feira 20, às 15h, na Praça da República. “A categoria apoia a manifestação e convidamos todos os bancários a participar”, disse Juvandia.

Os bancários também aprovaram apoio ao ato dos metroviários contra a privatização da Linha 5 do Metrô. Será na quinta-feira 22, às 17h, na estação Anhangabaú.

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Redação - 19/10/2015
(Atualizada às 19h57)
 
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